Terça-feira, 8 de julho de 2025
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Um acidente com um avião Embraer 190 da companhia Aeroméxico
Aeroporto, que decolava do aeroporto Internacional de Durango, no norte do
país, deixou dois feridos graves nesta terça-feira (31/07). As autoridades
mexicanas já iniciaram as investigações para explicar o incidente.


A Embraer comunicou que já enviou uma equipe de técnicos a Durango para
investigar as causas do acidente. Por volta das 15h no horário local, o avião
desceu repentinamente “depois de decolar do aeroporto com destino à Cidade
do México, com 97 passageiros e 4 tripulantes a bordo”, disse Gerardo
Ruiz, secretário de Comunicações e Transportes.

Após levantar voo, o avião “foi atingido por uma rajada de vento que o fez descer bruscamente e tocar a terra com a asa esquerda, o que desprendeu as duas turbinas”, explicou o governo do Estado de Durango, José Rosas, em entrevista coletiva.

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Aeronave da companhia Aeroméxico decolou do aeroporto internacional de Durango com 97 passageiros e quatro tripulantes; avião foi atingido por rajada de vento

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Aeronave decolou com 97 passageiros e quatro tripulantes (Foto: Reprodução/Twitter/Coordinación Estatal de Protección Civil Durango)

A aeronave “foi lançada para fora da pista” e se
arrastou por cerca de 300 metros. Como parou na posição horizontal, foi simples
“ativar os tobogãs e fazer a evacuação dos passageiros antes do início do
incêndio”, explicou. Os 97 passageiros foram atendidos em hospitais
públicos e privados, a grande maioria por ferimentos superficiais, mas o piloto
teve um problema sério na coluna e uma menina apresenta queimaduras em 25% do
corpo, disse.

A maioria dos feridos saiu caminhando do avião apenas 49
foram hospitalizados, segundo José Rosas. Um grande dispositivo de resgate,
envolvendo o Corpo de Bombeiros, a Cruz Vermelha, Exército, Polícia e Defesa
Civil foi mobilizado em torno do local do acidente. “Faço votos para que a
tripulação e todos os passageiros estejam bem”, escreveu o presidente
Enrique Peña Nieto no Twitter.

Decolagem rumo à
tempestade

Jaqueline Flores, uma das passageiras, revelou os momentos
de angústia antes do pouso forçado. “Acionaram as turbinas, senti a força
do aparelho para decolar, mas ainda na pista já não havia visibilidade. Quando
subimos, logo entramos nas nuvens e na tempestade”, contou Flores, de 47
anos. “Quando subimos, senti que ele iria manobrar para se estabilizar,
mas aí desceu”.

Segundo Flores, que viajava com a filha de 16 anos, o avião
bateu na pista e foi parar em um terreno cheio de mato. Enquanto deslizava
caíram todas as bagagens no corredor e as pessoas foram jogadas para frente e
para trás”, contou Flores, que saiu ilesa. Quando o avião parou,
“havia um buraco na fuselagem exatamente ao nosso lado, estávamos na 8A e
8B e saímos na altura do 10, onde estava aberto”. “O aparelho se
partiu e como havia fogo disse à minha filha: ‘vamos pular por ali’ e por ali
saltamos”.

Embraer enviará equipe de técnicos para Durango

A Aeroméxico emitiu um comunicado no qual “lamenta
profundamente este acidente e se diz “concentrada em resolver esta
situação e fazer todo o possível para auxiliar nossos clientes e suas
famílias”. O avião “estava em perfeita manutenção” e contava com
“todos os padrões de segurança em nível internacional”, informou a
empresa, acrescentando que o aparelho, de dez anos, operava há quatro anos na
companhia mexicana.

O Aeroporto de Durango suspendeu durante horas suas
operações e centenas de pessoas sofriam com o atraso dos voos. O local do
acidente foi isolado e as autoridades vão analisar a caixa preta e as gravações
para determinar as causas do acidente.


Publicado originalmente na RFI Brasil