O México anunciou neste sábado (31/7) que “normaliza suas relações diplomáticas” com Honduras, juntando-se ao Chile, que, na véspera, anunciou o reconhecimento do governo do presidente hondurenho, Porfirio Lobo. Os dois países anunciaram ainda a volta de seus respectivos embaixadores a Tegucigalpa, para formalizar a normalização de relações diplomáticas com o país centro-americano após mais de um ano de suspensão, desde o golpe de Estado que derrubou o presidente Manuel Zelaya, em junho de 2009.
México e Chile – dois dos poucos países latino-americanos que têm governos de orientação à direita – tomaram a decisão depois que a OEA (Organização dos Estados Americanos) apresentou relatório elaborado por uma comissão específica sobre o caso de Honduras em que destaca “avanços” do governo Lobo para restaurar a democracia no país.
O embaixador mexicano em Tegucigalpa voltará à nação centro-americana para retomar as funções na semana que vem. Já o chileno ainda não tem data para retornar.
Em nota, a Secretaria de Relações Exteriores do México disse detectar “avanços significativos” na situação de Honduras.
“Com esta decisão o México normaliza suas relações diplomáticas com Honduras e faz votos de que a medida contribua para promover o entendimento, a cooperação, a segurança e o fortalecimento das instituições democráticas na região”.
A decisão do México se une à visão “da maioria dos países centro-americanos” na recente cúpula do Sistema da Integração Centro-Americana (Sica) em El Salvador sobre a reincorporação de Honduras à OEA.
Já o ministro do Exterior chileno, Alfredo Moreno, disse em entrevista coletiva que o relatório da comissão de alto nível da Organização dos Estados Norte-americanos (OEA) sobre Honduras divulgado hoje aos países-membros “reflete claramente os avanços que houve em matéria de institucionalidade democrática e também em matéria de defesa dos direitos humanos em Honduras”.
Moreno destacou que a Administração de Lobo realizou um “avanço substantivo” no cumprimento dos acordos de San José e Tegucigalpa. Para ele, o presidente hondurenho “cumpriu (o compromisso) de criar a Comissão da Verdade e Reconciliação com pessoas de reconhecido prestígio e criou um gabinete de união nacional”.
Honduras foi suspensa da OEA em 4 de julho de 2009, uma semana após a derrubada de Zelaya por militares apoiados por políticos de direita.
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