O governo mexicano já conhece as identidades de sete dos autores da chacina de 72 imigrantes, anunciou hoje o porta-voz de Segurança do México, Alejandro Poiré.
Em entrevista coletiva, o funcionário disse foram localizados os corpos de três homens identificados por um dos sobreviventes como parte do grupo que matou os imigrantes ilegais. Deve-se somar a eles um jovem que foi detido e três bandidos que morreram em confronto com o exército.
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Brasileiro identificado na chacina de Tamaulipas é de Minas Gerais
No final de agosto, 72 imigrantes foram assassinados na cidade de Tamaulipas, perto da fronteira mexicana com os EUA. Ontem, o corpo do brasileiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, natural de Minas Gerais, foi identificado entre as vítimas da chacina. Foram também encontrados pelas autoridades locais os documentos de outro brasileiro, Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos.
O crime chocou o país e também a comunidade internacional, e teve forte repercussão na mídia. De acordo com a versão de um dos dois sobreviventes, o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, o primeiro a ser encontrado com vida, as execuções foram cometidas por criminosos do cartel Los Zetas, um dos mais violentos do México. As vítimas, imigrantes ilegais que pretendiam ingressar nos Estados Unidos, foram assassinadas por não aceitarem trabalhar para o grupo de traficantes.
Desde o dia 27 de agosto, uma série de atentados abala Tamaulipas. Quatro dispositivos explodiram na região em um intervalo de apenas 24 horas deixando 17 feridos. As explosões pareciam ter como alvo locais ligados a investigação das mortes dos imigrantes.
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