O ex-senador mexicano Diego Fernández de Cevallos, sequestrado por criminosos não identificados no dia 14 de maio deste ano, enviou uma carta com um pedido de socorro à família, além de uma foto recente. Nela ele pede para que sua libertação seja negociada com urgência e descreve os meses de cativeiro como uma vida no “inferno”.
José Cardenas
Foto de Fernández de Cevallos no cativeiro
“Não posso descrever o inferno em que vive o país e não sei quanto mais vou aguentar. Por isso, te peço que faça o maior esforço o mais rápido que puder. Eles têm todo o tempo do mundo, não têm nenhuma pressa”, afirma Fernández de Cevallos na carta, endereçada ao filho. No documento, divulgado pela imprensa nessa segunda-feira (26/7), mas datada de 10 de junho, o ex-senador pede para a família agir rápido. “O tempo é determinante. O urgente é negociar com toda seriedade para organizar a entrega do dinheiro e minha liberdade”, finaliza Fernández de Cevallos.
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A carta e a foto foram divulgadas pelo jornalista José Cárdenas, do jornal mexicano El Universal e da Rádio Fórmula. Cárdenas não explicou como teve acesso à carta e divulgou no twitter uma reprodução da missiva e da fotografia, em que Fernández de Cevallos aparece segurando um exemplar da revista Proceso.
Segundo a imprensa local, a primeira proposta dos sequestradores era a de um resgate de 50 milhões de dólares, mas o número foi reduzido para 30 milhões, após a família ter colocado propriedades a venda. “Agora, continuam as negociações pelo resgate e estamos nos empenhando para conseguir alcançar as pretensões [dos sequestradores]”, disse um membro da família do político, citada pelo jornal mexicano La Jornada.
Fernández de Cevallos, 69 anos, afirma na carta que está se sentindo fraco e com dores no peito. Conhecido popularmente como “el jefe Diego”, o ex-senador é um político da direita mexicana e membro do PAN (Partido de Ação Nacional). Já foi deputado, presidente do Senado e candidato à presidência em 1994.
Em maio, quando o político desapareceu, seu carro foi encontrado com marcas de sangue na entrada do sítio da família, no estado de Querétaro, perto da Cidade do México. A família pediu que as autoridades parassem as investigações para poder negociar com os sequestradores.
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