O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, chegou a Pyongyang nesta quarta-feira (09/05) para preparar a cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un. No encontro, que está sendo considerado histórico, os dois líderes discutirão o abandono do programa nuclear norte-coreano.
Esta é a primeira visita de Pompeo como secretário de Estado ao país. Ele chegou hoje proveniente do Japão e se hospedou no hotel Koryo, no centro de Pyongyang. De acordo com um membro da presidência sul-coreana, a visita servirá para definir uma data para o encontro entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un.
Além disso, Pompeo tentará resgatar três cidadãos norte-americanos detidos no norte do país. Um funcionário do gabinete presidencial da Coreia do Sul pediu que a Coreia do Norte os liberte, segundo a agência de notícias Yonhap.
Retomada do diálogo
Depois de anos de tensões e sanções cada vez mais rigorosas adotadas contra os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, o diálogo com a península acelerou nos últimos meses.
NULL
NULL
Wikicommons
Pompeo foi à Coreia do Norte discutir encontro Trump-Kim
Na terça-feira (08/05), Kim encontrou-se com o presidente chinês Xi Jinping na China – pela segunda vez em seis semanas – destacando os esforços dos aliados na retomada do diálogo. Pequim faz questão de participar das manobras diplomáticas que levaram ao encontro histórico de Kim, no mês passado, com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e a futura cúpula com Trump.
China, Japão e Coreia discutem desnuclearização
Paralelamente, China, Japão e Coreia do Sul defenderam nesta quarta-feira (09/05) a desnuclearização completa da península coreana e apoiaram a declaração comum assinada pelas duas Coreias durante a reunião de cúpula histórica de 27 de abril.
“Antes de mais nada, concordamos em reconhecer que a desnuclearização completa da península coreana, a instauração da paz imutável e o desenvolvimento das relações entre as Coreias são cruciais”, afirmou o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, após uma reunião trilateral em Tóquio.
“Queria agradecer os dirigentes por terem saudado e apoiado a Declaração de Panmunjom”, completou Moon. A declaração foi assinada no fim de abril pelo presidente sul-coreano e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na localidade de Panmunjom, situada na zona desmilitarizada que divide a península.
O texto afirma que “não haverá mais guerra na península coreana” e que “Coreia do Sul e Coreia do Norte confirmam o objetivo comum de obter, por meio de uma desnuclearização total, uma península coreana sem armas nucleares”.