Em entrevista à rádio chilena Pudahuel, a presidente Michelle Bachelet revelou que a mãe dela, Ángela Jeria, estava caminhando pelas imediações da estação de metrô Escuela Militar, na tarde de segunda (08/09), e que por questão de minutos não foi uma vítima do atentado em Santiago. De acordo com as autoridades, 14 pessoas ficaram feridas.
Agência Efe
Mãe da presidente Michelle Bachelet mora próximo à estação onde houve atentado
Ángela Jeria vive nas proximidades da estação e havia saído para comprar medicamentos em uma farmácia próxima ao edifício onde vive, acompanhada por dois seguranças. Não encontrou o que buscava nessa loja, mas a atendente lhe recomendou que procurasse na outra sucursal da rede, localizada justamente no centro comercial que fica dentro da estação de metrô, bem próximo à praça de alimentação onde o atentado aconteceu.
“Ela caminhava naquela direção quando ouviu a explosão, e imediatamente os seguranças a levaram de volta para o edifício. Por coisa de cinco minutos ela não foi uma das afetadas dessa tragédia”, confirmou Bachelet, dizendo também que a informação já era de conhecimento do Palácio de La Moneda poucas horas depois do ocorrido, mas foi mantida em sigilo nas primeiras horas, por precaução.
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Investigação
Cristián Toledo, fiscal do Ministério Público designado para o caso, disse que a investigação não descarta, no momento, nenhuma possibilidade de autoria do atentado.
Mesmo assim, o senador Jaime Quintana, presidente de um dos partidos que faz parte da coligação de Bachelet, pediu que seja investigada a possível participação de grupos de ex-agentes da ditadura de Augusto Pinochet, que governou entre 1973 e 1990.
Também foi divulgada nesta quarta uma carta assinada por uma célula anarquista de Santiago, publicada em um sítio conhecido por disseminar textos de grupos anarquistas do mundo inteiro. No texto, os anarquistas chilenos – que já usaram o mesmo veículo para assumir sua responsabilidade em atentados explosivos anteriores – negam ter participação no atentado.