O governo do Canadá, presidido pelo conservador Stephen Harper, foi destituído nesta sexta-feira (25/03) após a aprovação de uma moção de censura apresentada pela oposição iderada pelo Partido Liberal (PL) no parlamento do país.
A moção, apoiada também pelas legendas opositoras Bloco Quebequense (BQ) e Novo Partido Democrático (NPD), declarou, por 156 votos contra 145 que “a Câmara dos Comuns perdeu a confiança no governo”.
A medida também serviu para que, pela primeira vez na história do país, os deputados declarassem que o governo cometeu desacato ao parlamento canadense.
As novas eleições gerais podem ocorrer na primeira semana de maio.
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Após a votação, Harper disse que se reunirá neste sábado com o governador-geral do país, David Johnston, que atua como chefe de Estado em representação da rainha Elizabeth II do Reino Unido, e solicitará a dissolução do parlamento.
Harper, que se negou a responder às perguntas dos jornalistas, afirmou que considera a queda de seu governo uma “decepção” pessoal e que era um mau momento para convocar eleições diante da fragilidade da situação internacional.
O líder do Partido Liberal, Michael Ignatieff, assinalou que a votação tinha sido “histórica” e que Harper voltou a mostrar “desacato” ao público canadense por se negar a reconhecer que seu governo tinha sido derrubado por sua “falta de respeito” à democracia canadense.
A moção de censura ocorre depois que o governo canadense se negou a proporcionar aos deputados documentos sobre o custo de vários projetos de lei, inclusive uma reforma do sistema penitenciário e a compra de 65 aviões de combate F-35.
Nesta semana, uma comissão parlamentar aprovou um parecer que indica que o governo de Harper cometeu desacato por se negar a revelar documentos que o parlamento tinha solicitado.
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