Pelo menos 80 detentos e 18 guardas penitenciários ficaram feridos na noite de quarta-feira após um motim na chamada ex-Penitenciária de Santiago, uma antiga prisão que abriga cerca de sete mil internos.
A informação foi divulgada pelos próprios agentes, embora o diretor dos guardas, Luis Masferrer, tenha indicado que seriam 54 os feridos, sendo 12 guardas.
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O diretor também avaliou que o incidente não foi um motim, informação em desencontro com o que os suboficiais apresentaram aos jornalistas.
“Aqui não se pode falar em motim. O que houve aqui foram desordens no interior do recinto. Nós ativamos todos os alarmes e o importante é que a segurança dentro dos recintos penais corresponde à guarda”, acrescentou Masferrer em declarações publicadas pelo site do jornal chileno La Tercera.
Seguindo Masferrer, o incidente foi causado porque os presos se recusaram a colaborar com os trabalhos de vasculha que os guardas realizam rotineiramente para confiscar elementos proibidos. Masferrer culpou a sobrecarga do sistema penitenciário chileno.
“A crise do sistema carcerário é vivida diariamente. Há 7.115 detentos, mas [o sistema] está projetado para 2.900”, disse.
Pelo menos 300 guardas foram destacados para controlar o motim, indicaram os funcionários, que acrescentaram que nenhum dos presos ficou ferido com gravidade. Sete veículos de bombeiros foram desdobrados para ajudar nos esforços, já que houve focos de incêndio no interior da penitenciária.
Através de chamadas por telefones celulares aos jornalistas, os detentos informaram que nas próximas horas distribuirão à imprensa vídeos dos incidentes ocorridos no interior da penitenciária.
O incidente ocorre uma semana depois de um motim na prisão de San Miguel ter deixado 81 presos mortos.
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