O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi um dos cinco escolhidos entre diversas organizações internacionais para receber o prêmio Esther Busser Memorial Prize, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela atuação na garantia de condições dignas de vida e de trabalho para a população brasileira.
Reconhecido por ser uma organização política que tem atuado desde 1984 no Brasil, a premiação será entregue nesta sexta-feira (22/10) em uma cerimônia virtual. O movimento também é elogiado ao dedicar mobilizações pela Reforma Agrária e pela democracia no país.
Idealizada pela OIT, agência multilateral da Organização das Nações Unidas (ONU), a premiação tem como objetivo prestigiar organizações de luta por justiça social, com foco na regulação do trabalho, especialmente no âmbito das normas trabalhistas internacionais.
Apenas na pandemia do novo coronavírus, o MST doou mais de cinco mil toneladas de alimentos e cerca de um milhão de marmitas. Com o Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, os membros da entidade também já plantaram mais de um milhão de árvores em todo país e, no último mês, construíram mais de 100 viveiros da Reforma Agrária Popular.
Fundado no contexto da redemocratização do Brasil, o movimento é um símbolo nacional da luta pelo acesso à terra e atualmente possui cerca de 350 mil famílias assentadas em 24 estados brasileiros. Entre suas maiores contribuições à sociedade estão a defesa da soberania alimentar. Assim como, a preservação do meio ambiente e a luta da universalização do acesso à educação e à saúde públicas de qualidade.
O nome do prêmio é uma homenagem à defensora dos direitos dos trabalhadores Esther Busser, com destaque para a sua atuação como pesquisadora e diretora adjunta da Confederação Sindical Internacional (ITUC) por uma década.
Leonardo Henrique / MST Paraná
MST doou mais de cinco mil toneladas de alimentos e cerca de um milhão de marmitas na pandemia