Quinta-feira, 15 de maio de 2025
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O presidente do Egito, Hosni Mubarak, renovou nesta segunda-feira (31/01) seu gabiente, com a substituição de dois ministros. Acusado por manifestantes de colaborar e permitir que a polícia local utilize táticas de repressão violentas durante os protestos, o então ministro do interior, Habib el-Adly, foi substituído pelo policial aposentado Mahmoud Wagdy. Já Gawdat ElMalt, ex-chefe do escritório central de Auditoria do Egito, ocupou o cargo de ministro das Finanças de Youssef Boutros-Ghali.

Mesmo após as denúncias de violência por parte da polícia, o governo pediu que os policiais voltassem às ruas. Na sexta-feira (28/01), a polícia foi retirada das ruas depois de confrontos violentos com manifestantes. Agora, autoridades egípcias informaram que os policiais vao apoiar as Forças Armadas, mas ainda não se sabe de que forma nem se vão atuar no centro do Cairo, onde ocorrem a maioria dos protestos.

O exército do Egito, porém, assegurou nesta segunda-feira, pela primeira vez, que não usará força contra a população local, segundo um comunicado da Forças Armadas divulgado pela televisão estatal.

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Manifestantes voltam às ruas para exigir renúncia de presidente do Egito

Os militares “nunca utilizaram e nem vão utilizar a força contra a população”, diz a nota, que acrescenta que a presença de soldados nas ruas é “para garantir a segurança do povo egípcio”.

Nesta segunda-feira, milhares de egípcios repetiram nesta segunda-feira na praça Tahrir os protestos que vêm protagonizando há uma semana, um ato que ocorreu sem incidentes apesar de a polícia ter voltado às ruas após ficar ausente por três dias.

Solidariedade internacional

Cerca de 100 pessoas protestaram nesta segunda-feira (31/01) em Rabat, na capital do Marrocos, na frente da embaixada do Egito gritando “todos somos egípcios”, “abaixo a ditadura, viva a democracia” e “Mubarak covarde, o povo não se humilha”.

Os manifestantes, rodeados pela Polícia e as Forças antidistúrbios, levantaram cartazes que mostravam o ex-presidente da Tunísia Zine el Abidine Ben Ali conversando com seu colega egípcio, Hosni Mubarak, e rindo dele pela rapidez das revoltas.

Outro cartaz destacou a foto de um tanque do Exército egípcio, em cima do qual se podia ler “que caia Mubarak”.

Nos centros de Roma e Milão, centenas de egípcios se reuniram para exigir o final do regime do presidente de seu país de origem, Hosni Mubarak, e em solidariedade com os milhares de compatriotas que se manifestam há dias em todo o país árabe.

Na praça da República de Roma, cerca de 500 egípcios, que carregavam bandeiras do país, exibiram cartazes nos quais se podia ler em árabe e italiano frases como “Fora Mubarak assassino” e “fim da ditadura e da violência”.

Em Milão, aproximadamente mil pessoas, a maioria de origem egípcia, levaram à Piazzale Loreto bandeiras com as frases “O povo quer que o governo caia” e “Mubarak assassino”.

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Mubarak anuncia novos ministros, mas egípcios voltam a protestar para exigir saída de presidente

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