O Metropolitan Museum of Art, de Nova York, vai devolver para o Egito 19 objetos que foram encontrados no começo do século XX no túmulo do faraó Tutancâmon e que até julho integraram a coleção da instituição norte-americana. De acordo com a agência de notícias egípcia Mena, as peças deverão chegar nesta terça-feira (02/08) ao Museu Egípcio do Cairo.
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Colar é uma das peças que serão devolvidas ao Egito
A devolução é resultado de um acordo fechado em novembro de 2010 entre o Metropolitan e a secretaria-geral do Supremo Conselho de Antiguidades do Egito. As peças foram encontradas no Vale dos Reis, em Luxor, no Egito, em 1922, pelo arqueólogo britânico Howard Carter. Ele procurou pelo “tesouro” por mais de 40 anos. Em novembro de 1922, em uma expedição financiada por um milionário britânico, encontrou o túmulo do faraó.
De acordo com informações do Metropolitan, era comum, naquela época, que o governo egípcio deixasse os arqueólogos ficarem com parte daquilo que encontravam nas expedições que eles empreendiam e financiavam. No túmulo do faraó, o arqueólogo encontrou o sarcófago conservado e uma enorme quantidade de objetos, sendo muitos de ouro, além destas peças que agora retornam ao Egito.
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Quando decidiu devolver os objetos ao Egito, no fim de 2010, o Metropolitan afirmou que eles nunca deveriam ter deixado o país árabe. No Cairo, as peças integrarão uma exposição sobre o faraó Tutancâmon. Em 2012, os objetos serão enviados para o Grande Museu Egípcio, em Giza.
Das 19 peças, 15 são fragmentos ou amostras. As outras quatro têm valor histórico e artístico maior. Uma delas é uma escultura de apenas dois centímetros de altura de um cachorro feita em bronze. Outra peça é parte de um bracelete em forma de esfinge que pertenceu a uma sobrinha de Carter. Há também um colar e parte de um puxador que, segundo o Metropolitan, foram encontrados na casa de Carter em Luxor e deixados por ele para a instituição.
As peças ficaram na casa de expedições do Metropolitan no Egito até 1948. Quando ela foi fechada, foram enviadas para Nova York, onde passaram a integrar o acervo de arte egípcia da coleção do Metropolitan.
O “faraó-menino”, como ele ficou conhecido, governou o Egito ente 1336 e 1.327 a.C., dos 10 anos aos 19 anos. Até o começo de 2010 acreditava-se que o faraó fora assassinado. Novas pesquisas na múmia de Tutancâmon realizadas no começo do ano passado apontam, no entanto, que ele morreu de malária.
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