A defesa do ex-general servo-bósnio Ratko Mladic, detido na quinta-feira passada na Sérvia, solicitou que a família do acusado de crimes de guerra possa dispor de sua pensão de 900 euros por mês, congelada desde 2005.
O advogado de Mladic, Milan Saljic, apresentou a solicitação à Justiça sérvia para que o ex-general assine um documento que autorizaria seu filho a receber sua pensão, informou o diário “Politika” nesta terça-feira. As autoridades proibiram em 2005 o pagamento da pensão a Mladic por considerar que esse dinheiro poderia ser usado para financiar sua fuga.
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A defesa assegura Mladic tem direito a uma pensão de 90 mil dinares por mês (cerca de 900 euros), e que é devido a ele mais de 4,7 milhões de dinares (47 mil euros) acumulados desde 2005. Mladic, de 68 anos de idade, foi detido na quinta-feira passada na aldeia de Lazarevo, no norte da Sérvia, onde vivia em condições humildes na casa de um primo.
Desde sua detenção, o ex-general se encontra nas dependências do departamento especial de crimes de guerra do Tribunal de Belgrado. O ex-comandante militar servo-bósnio é acusado pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) de genocídio e outros crimes cometidos durante a guerra bósnia (1992-1995).
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