Terça-feira, 17 de junho de 2025
APOIE
Menu

Reprodução/AVN

O presidente do Equador, Rafael Correa (esq), Fidel Castro, Hugo Chávez e Raúl Castro se reúnem em Havana

Em seu primeiro dia em Havana, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, recebeu a visita de seu colega equatoriano, Rafael Correa, além de ter se encontrado com o presidente cubano, Raúl Castro, e com o líder revolucionário Fidel Castro. Chávez, que luta contra câncer na região pélvica desde 2011, está, atualmente, na ilha caribenha para se submeter a uma nova cirurgia contra células malignas encontradas recentemente.

O presidente equatoriano viajou à Cuba nesta segunda-feira (10/12) apenas para visitar o venezuelano e afirmou ter deixado o encontro com muito otimismo. “Eu vim dar um abraço em Chávez e prestar o apoio do Equador a essa grande nação”, afirmou minutos antes de embarcar para Quito. “É um presidente que mudou a história da Venezuela e da América Latina. Um ser humano extraordinário que passa por um momento difícil na área de saúde”, acrescentou.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Rafael Correa deixou encontro com otimismo por ter encontrado colega "com excelente estado de espírito"

NULL

NULL

Correa ainda contou a jornalistas que o líder bolivariano está “com muito otimismo e muita fé, e com um estado de espírito excelente”. Em sua conta no Twitter, o presidente declarou que “Chávez com grande ânimo dá força a todos nós”. O presidente aproveitou a ocasião para se encontrar com Raúl e Fidel Castro e, de acordo com seus relatos, todos os líderes discutiram temas latino-americanos e globais.


Agência Efe

O presidente Rafael Correa, chega a Havana para se solidarizar com Hugo Chávez

O presidente venezuelano surpreendeu as autoridades e o público internacional com o anúncio, em cadeia nacional, na madrugada deste domingo (09/12), de que foram encontradas “algumas células malignas” em seu corpo e de que teria de se submeter a um novo tratamento em Havana. Durante seu pronunciamento, Chávez admitiu que toda operação “apresenta riscos” e reconheceu a possibilidade de não terminar o atual mandato nem assumir o próximo, que terá início no dia 10 de janeiro. 

Reeleito no dia 7 de outubro com com 55% dos votos, o presidente indicou o vice-presidente e chefe do Ministério de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, como nome para uma hipotética nova eleição presidencial, que será necessária apenas se ele não conseguir assumir o mandato no dia 10 de janeiro.

“Se, como diz a Constituição, ocorrer algo que me inabilite para continuar no comando da Presidência, seja para terminar os poucos dias restantes e, especialmente, para levar o novo período, (…) Nicolás Maduro deve concluir o período (presidencial)”, afirmou ele. “Aconteça o que acontecer vamos continuar tendo pátria”. 

Sua viagem à Havana para uma nova intervenção cirúrgica foi aprovada, por unanimidade, pela Assembleia Nacional do país neste domingo (09/12). “Comandante, vá tranquilo a Cuba para se curar, porque aqui o espera seu povo, que o ama e reza pela sua recuperação”, afirmou o presidente da assembleia, deputado Diosdado Cabello. 

O anuncio de Chávez acontece às vésperas das eleições regionais na Venezuela, marcadas para 16 de dezembro, e pode alterar o quadro político nacional. Desde que assumiu a Presidência do país em 1999, ele desempenha um papel central no fortalecimento econômico e político da América Latina, representando uma das principais figuras das forças políticas progressistas do continente. O líder inspirou a agenda de governos de muitos países vizinhos, como Bolívia e Equador.