O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniram nesta terça-feira (6/7) em Washington e estreitaram ainda mais as relações entre os países, que ambos classificaram como “inquebrantáveis”. Durante o encontro, foram discutidas questões como o processo de paz entre árabes e judeus e o programa nuclear do Irã.
De acordo com Netanyahu, o laço entre os dois países permanece forte, apesar de tensões entre ele e Obama nos últimos meses. Os dois estadistas vêm discordando questões como a construção de novos assentamentos judaicos em Jerusalém . Já Obama, foi mais além e disse que “a relação entre os EUA e Israel é inabalável”.
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Este foi o primeiro encontro entre as duas autoridades desde 23 de março, quando o Netanyahu foi à Casa Branca. Depois disso, o primeiro-ministro adiou uma visita agendada para o início de junho em decorrência do ataque israelense ao comboio humanitário turco que levava ajuda a Gaza.
Em relação ao conflito com os palestinos, Obama defendeu o avanço dos esforços de paz, a mediação do norte-americano George Mitchell, e elogiou “o progresso que vem sendo feito para permitir que mais produtos cheguem a Gaza”. O presidente norte-americano afirmou ainda que ele e o primeiro-ministro acordaram em retomar os diálogos interrompidos em 2008.
“Acredito que o primeiro-ministro quer a paz. Acredito que ele está disposto a assumir os riscos para que a paz seja alcançada. Durante nossa conversa, ele mais uma vez reafirmou sua vontade de se envolver em relações sérias com os palestinos”, disse o presidente norte-americano.
Já Netanyahu afirmou que está preparado para conversações cara-a-cara com o presidente palestino, Mahmoud Abbas. “Acho que agora é a hora de iniciarmos diálogos diretos. Acho que com a ajuda do presidente Obama, o presidente Abbas e eu podemos conversar para chegarmos a um acordo político de paz, juntamente com segurança e prosperidade”. Abbas, porém, se recusa a negociar diretamente com Israel até que a construção de assentamentos judaicos em terras palestinas seja interrompida.
Irã
O polêmico programa nuclear iraniano também foi um dos temas discutidos na reunião. Em entrevista coletiva, ambos os presidentes defenderam a manutenção das sanções e Netanyahu elogiou os esforços norte-americanos para pressionar o Ira para interromper suas atividades. Obama, por sua vez, garantiu que “nunca pedirá a Israel qualquer medida que possa prejudicar ou comprometer a segurança do país”.
Além disso, o presidente norte-americano ratificou que as restrições vão permanecer até o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ceder às exigências da comunidade internacional no que se refere ao programa nuclear do país. “É assim que pretendemos continuar a pressionar o Irã a cumprir as suas obrigações internacionais e para que cessem os tipos de comportamento provocativo que ameaça os vizinhos e a comunidade internacional”, afirmou.
Ao final da entrevista coletiva na Casa Branca, o primeiro-ministro convidou Obama para visitar Israel o quanto antes e estreitar ainda mais as relações bilaterais.
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