O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (30/03) a meta de cortar as importações de petróleo do país em um terço nos próximos 10 anos. Em discurso na Universidade de Georgetown, onde expôs suas propostas sobre segurança energética, Obama também exaltou os benefícios do uso de energias renováveis, citando o Brasil.
Atualmente os EUA importam 11 milhões de barris por dia. “Em pouco menos de uma década, teremos cortado esse número em um terço”, disse o presidente norte-americano. “Não existem correções rápidas (…). E nós vamos continuar sendo vítimas de mudanças no mercado de petróleo até que sejamos sérios sobre o políticas de longo prazo para uma energia segura, acessível.”
Obama indicou quatro área a serem desenvolvidas para atingir seu objetivo de reduzir a importação de petróleo: aumentar a produção de energia doméstica, buscar o uso de gás natural em veículos como ônibus urbanos, produzir carros e caminhões mais eficientes e encorajar a produção de energia alternativa como o biocombustível.
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Sobre o último ponto, o presidente norte-americano citou como exemplo o Brasil, para onde viajou nos dias 19 e 20 de março desse ano. “Se alguém duvida do potencial dos combustíveis renováveis, considere o Brasil. Lá, mais da metade dos veículos podem utilizar biocombustíveis”, afirmou.
Segundo Obama, os departamentos de Energia e Agricultura e a Marinha dos EUA foram instruídos a colaborarem com o setor privado com o objetivo de criar “biocombustíveis avançados” que possam ser usados em caminhões e aeronaves. Nos próximos dois anos, prometeu, serão criadas pelo menos quatro biorrefinarias de última geração.
Obama também defendeu a fabricação de veículos que precisem de menos derivados de petróleo, ao lembrar que 70% do consumo desta matéria-prima é usada em transporte. Para 2015, o presidente americano fixou a meta de conseguir 1 milhão de veículos elétricos nas estradas do país.
O presidente reiterou ainda a necessidade de economizar energia, e destacou que, para 2035, 80% da eletricidade deverá vir de fontes limpas. Neste sentido, defendeu o uso da energia atômica apesar da emergência nuclear no Japão, após o terremoto e posterior tsunami do último dia 11 de março.
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