Em seu último dia de visita a Cuba, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter (1977-1981) foi recebido nesta quarta-feira (30/03) pelo líder Fidel Castro. No encontro, Carter pediu o fim do embargo comercial que os Estados Unidos mantêm sobre a ilha.
“Penso que devemos eliminar o embargo”, afirmou Carter, citado pela agência de notícias Ansa. O ex-presidente acrescentou que espera que, no futuro, Cuba e “todos os cubanos sejam completamente livres, que e os norte-americanos” possam viajar para a região.
Carter, que foi convidado pelo presidente cubano, Raúl Castro, já esteve no país em 2002 e é o primeiro ex-presidente norte-americano a visitar a ilha desde a Revolução Cubana, em 1959. A viagem tem o intuito de melhorar as relações entre os dois países e, segundo a porta-voz de Carter, Deanna Congileo, o ex-presidente também pretendia “aprender sobre as novas políticas econômicas e o próximo congresso do partido [Comunista de Cuba, PCC]”.
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Carter afirmou também que os cinco cubanos presos em Miami acusados de espionagem merecem “voltar para Cuba”. O grupo conhecido como “Os Cinco” cumpre penas que variam entre 15 anos e prisão perpétua em presídios federais nos EUA. Agentes do serviço de inteligência de Havana, os cinco foram presos em Miami em 1998, e processados por espionagem.
Ao mesmo tempo em que defendeu a libertação dos cinco, ele pediu a libertação de Alan Gross, com quem esteve hoje, de acordo com a agência de notícias AFP. O norte-americano Gross foi detido em 2009 e cumpre pena de 15 anos de prisão. Segundo o presidente Raúl Castro, ele distribuía “sofisticados meios de comunicação” para oposicionistas, cumprindo seu papel de agente secreto dos Estados Unidos e violando a segurança do Estado cubano.
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Washington alega que ele é empregado da empresa terceirizada Development Alternatives, contratada pelo Departamento de Estado, para ajudar a comunidade judaica em Cuba a comunicar-se com o exterior. A comunidade, porém, nega ter mantido qualquer contato com ele.
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