O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs nesta quarta-feira (13/04) um plano para o corte do déficit norte-americano que prevê reduzir a dívida pública, atualmente de 14,3 trilhões de dólares em quatro trilhões de dólares nos próximos 12 anos.
Em discurso na Universidade George Washington, Obama afirmou que sua proposta “põe todo tipo de despesa sobre a mesa, mas protege à classe média”, os “aposentados” e os “investimentos no futuro”.
O plano de Obama combina corte nos gastos públicos, que representará três quartos da economia, com uma reforma do Código Fiscal que, entre outras coisas, eliminaria os cortes de impostos aprovados pelo ex-presidente George W. Bush.
“É uma proposta que chega a cerca de dois trilhões de dólares em cortes orçamentários. Serão cortados em um trilhão de dólares os juros do pagamento de nossa dívida. [O plano] considera uma reforma tributária para eliminar outro trilhão em despesas do Código Fiscal”, explicou.
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A proposta exigirá que, para a segunda metade da década, a dívida norte-americana, atualmente de 14,3 trilhões de dólares, seja reduzida em relação à porcentagem do PIB (Produto Interno Bruto). Para isso, será estabelecido um mecanismo que iniciará cortes dos gastos automáticos se, para 2014, a proporção projetada dívida-PIB não se estabilizar e apontar uma queda até o final da década.
Esses cortes, indica o plano, não se aplicariam em nenhum caso aos programas de saúde pública, à seguridade social ou à assistência social aos mais desfavorecidos.
Entre os cortes, Obama propõe o congelamento das despesas não obrigatórias no orçamento federal, o que, segundo seus cálculos, permitirá economizar 770 bilhões de dólares em 12 anos. Também prevê economias no orçamento de Defesa no valor de 400 bilhões de dólares, mediante uma alta de seus fundos que se situe abaixo da inflação.
Além disso, o presidente norte-americano anunciou que buscará a eliminação dos cortes de impostos às classes mais altas, aprovada por Bush, e prorrogada por ele em dezembro passado como parte de um acordo com os republicanos para estender cortes fiscais às classes médias. “Não podemos nos permitir cortes de impostos para cada milionário e bilionário, no valor de um trilhão”, declarou.
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