A CAN (Comunidade Andina de Nações), formada por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, aprovou sete normas para reforçar o bloco comunitário. Elas incluem acordos de cooperação energética, estímulo à cultura regional, monitoramento de fluxos migratórios e políticas de participação popular e de meio ambiente.
Os chanceleres dos quatro países se reuniram ontem em Lima para o 32º Conselho Andino de Ministros de Relações Exteriores com o objetivo de iniciar um processo de “reengenharia” do bloco comunitário para fortalecê-lo.
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Com relação ao debate energético, os representantes diplomáticos se comprometeram a desenvolver e garantir sistemas regionais interconectados de transporte de energia a todos os países e com participação do Chile, membro associado do bloco subregional.
Segundo fontes, a decisão “tem como antecedentes a experiência exitosa do intercâmbio de eletricidade entre Colômbia e Equador” realizada em 2003.
A medida deverá “incrementar a segurança energética e o abastecimento elétrico, aproveitando a complementaridade dos recursos energéticos da região”, detalhou o secretário geral interino da CAN, Adalid Contreras.
Os chanceleres também decidiram criar comitês e conselhos na área da cultura, que demandarão o envolvimento dos ministros de cada país dessa área, com o objetivo de valorizar a cultura e o patrimônio cultural local, promover políticas culturais comuns e evitar o tráfico ilícito de bens culturais.
Também foi criada uma Mesa do Povo Afrodescendente com o objetivo de promover a participação das organizações representativas dessa população em decisões sobre integração regional.
Os demais acordos dizem respeito a mecanismos sobre monitoramento de imigração, meio ambiente e controle da gripe suína.
Nessa reunião, a ministra colombiana María Angela Holguín assumiu a presidência pro tempore da CAN e o rei da Espanha, Juan Carlos, foi condecorado como observador do bloco, o que lhe permite participar com direito a voz nas reuniões dos países-membro e promover programas e ações conjuntas com eles.
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