O Paraguai defendeu as negociações com o Brasil sobre a usina de Itaipu e reafirmou que os presidentes dos dois países conversarão sobre o assunto este mês em Assunção. O chanceler paraguaio, Héctor Lacognata, disse à imprensa nesta terça-feira (13/7) que os contatos estão bem encaminhados e confirmou que os presidentes Fernando Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva se encontrarão no dia 30 de julho e não no dia 25, como estava previsto.
A reunião presidencial tinha sido anunciada pelas autoridades de Assunção para 25 de julho, em coincidência com o primeiro aniversário da firma de um acordo bilateral sobre a exploração conjunta da usina. A mudança da data do encontro foi atribuída pela imprensa a supostos impedimentos nas negociações sobre as exigências paraguaias com relação a Itaipu. Mas, segundo as autoridades paraguaias, a alteração ocorreu devido a ajustes na agenda de Lula. A reunião dará continuidade à conversa que Lugo e Lula tiveram em 3 de maio no Mato Grosso do Sul.
As críticas da imprensa paraguaia apontam principalmente para a decisão adotada na semana passada pela Câmara, em Brasília, de adiar o tratamento de um dos pontos desse acordo bilateral, que estabelece a triplicação das compensações recebidas pelo Paraguai pela cessão da energia que não consome na represa.
Lacognata disse que “há certo atraso, porque é preciso entender que, em pleno processo eleitoral, a oposição brasileira tem certas atitudes que não põem em risco o tema de fundo”.
O acordo assinado pelos presidentes em 25 de julho de 2009 em Assunção também abriu a possibilidade de o Paraguai negociar diretamente o excedente de energia no sistema elétrico brasileiro e sentou as bases para a construção de uma segunda ponte sobre o rio Paraná.
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