O Parlamento alemão aprovou, por folgada maioria, o segundo pacote de resgate à Grécia. Por 496 votos a favor, 90 contrários e cinco abstenções, o legislativo autorizou a contribuição alemã de 36 bilhões de euros, de um total de 130 bilhões.
A proposta obteve apoio tanto na maioria dos deputados da coalizão governamental – integrada pela União Democrata-Cristã de Merkel, a União Social-Cristã da Baviera e o Partido Liberal -, quanto dos opositores social-democratas e verdes.
Antes da votação, a chanceler Angela Merkel defendeu a medida com o argumento de que as “oportunidades” abertas pela aprovação do pacote superam os “riscos” de ajuda, mas ela reconheceu que essa pode não ser a solução definitiva. “Ninguém pode dar uma garantia de êxito 100%”, afirmou Merkel, que falou em um longo caminho não isento de perigos para a estabilização da economia grega.
“A solidez, o crescimento e a solidariedade são as bases deste novo pacote de resgate”, disse a chanceler, quem lembrou o compromisso da Grécia de reduzir sua dívida pública até 120% do Produto Interno Bruto para 2020. Da solução da crise depende não só Grécia, argumentou Merkel, mas a Alemanha e sua economia, assim como os outros países resgatados (Irlanda e Portugal), a Itália e a Espanha, e o conjunto da União Europeia.
Merkel anunciou que a Alemanha vai acelerar suas contribuições ao mecanismo europeu de estabilização, para que sua contribuição financeira de 22 bilhões de euros esteja disponível em dois anos (até 2013) – e não em cinco, como previsto.
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