A crise política no Egito e os protestos em vários países muçulmanos dominaram os debates desta quarta-feira (2/2) na sessão do Parlamento Europeu. Os parlamentares defenderam a saída do presidente do Egito, Hosni Mubarak, do governo. Também admitiram que falharam ao demorar na sua manifestação.
Presente à sessão, a alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, disse que a situação no Mediterrâneo “chegou a um ponto de não retorno” e que tem de haver uma mudança. As informações são do Parlamento Europeu.
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“O mundo árabe vive uma série de mudanças positivas” , afirmou a representante da União Europeia. “As reformas devem ser levadas a cabo com criatividade e determinação. É vital tomar medidas urgentes e decisivas. Chegou o momento de uma transição ordenada”, disse.
Ashton acrescentou que é grande a preocupação com a instabilidade que se vive no país. Ela pediu que as autoridades libertem os manifestantes pacíficos.
O deputado inglês Charles Tannock lembrou que o Egito teve apenas três presidentes nos últimos 50 anos. “Quando há tão pouca esperança de mudança, a situação explode. Os Estados Unidos e a Europa têm que insistir na democracia. Há modelos democráticos que podem servir de referência, como na Indonésia ou na Turquia”, disse.
A crise na Tunísia também foi debatida. Depois que a pressão popular conseguiu retirar do poder o presidente Zine Abidine Bem Ali – sob a acusação de corrupção, desvio de recursos públicos e violação de direitos humanos – e instaurar um governo provisório, é necessário garantir a ordem e a democracia no país.
Ashton afirmou que serão revistas as prioridades da União Europeia em relação à Tunísia “para adaptá-las às necessidades sociais” e que serão apoiadas as ações das organizações não governamentais na região. Também serão congelados os bens de integrantes do governo Ali. Ela não mencionou nomes.
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