Terça-feira, 8 de julho de 2025
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A câmara baixa do Parlamento russo aprovou nesta terça-feira (15/02) uma resolução para pedir ao presidente Vladimir Putin que reconheça a independência das repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk, regiões controladas por grupos separatistas na Ucrânia.

“Os deputados consideram que o reconhecimento da República Popular de Lugansk [RPL] e da República Popular de Donetsk [RPD] criará fundamentos para obter garantias de segurança e a proteção dos moradores destas repúblicas de ameaças externas, além de fortalecer a paz internacional e estabilidade regional, conforme os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, iniciando o processo de reconhecimento internacional de ambos os Estados”, afirmou o presidente da Duma de Estado (Parlamento) da Rússia Vyacheslav Volodin.

Moscou espera que os líderes da missão de monitoramento da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) tenham uma interação construtiva com Lugansk e Donetsk, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

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“Também é preciso garantir a imparcialidade do acompanhamento da situação pela missão de monitoramento da OSCE, esperamos de sua liderança uma cooperação de trabalho construtiva com as autoridades de Donetsk e Lugansk, tal como é exigido pelo mandato dessa missão”, afirmou.

Medida visa  criar base legal para relações interestatais e cooperação com as autoproclamadas repúblicas; UE condena decisão

Wikimedia Commons

Moscou espera que os líderes da missão de monitoramento tenham uma interação construtiva com Lugansk e Donetsk segundo Lavrov

No dia 19 de janeiro, foi enviado um apelo ao presidente russo para que considerasse o reconhecimento das duas repúblicas o mais rápido possível, visando criar a base legal para as relações interestatais e a regulação de todos os aspectos de cooperação e apoio mútuo.

De acordo com Volodin, Washington está elevando a tensão, fornecendo armas à Ucrânia em conjunto com os países europeus, com Kiev descumprindo os acordos de Minsk, o que representa uma ameaça à vida dos cidadãos destas repúblicas.

A medida, aprovada por ampla maioria no Parlamento Russo, foi condenada pelo governo ucraniano, União Europeia e OTAN. 

Segundo o ministro do Exterior da Ucrânia, Dmytro Kuleba, caso o presidente russo reconheça Lugansk e Donetsk como regiões independentes, o ato será tido como prova final de que Moscou abandonou o acordo de Minsk.

*Com Sputnik News