Os egípcios completam o 11º dia de protestos para exigir que o ditador Hosni Mubarak deixe o governo e prometem reunir nesta sexta-feira (4/2) um milhão de pessoas só na capital, Cairo. Para apoiar a iniciativa, um grupo que se identifica como World Wide Tahrir (Praça Tahrir ao redor do mundo) está organizando por meio de seu blog e de sua página nas redes sociais Facebook e Twitter uma onda de manifestações. A ideia é que pessoas do mundo todo protestem em frente às representações diplomáticas egípcias de suas cidades às 20h (horário local).
O grupo, que diz não ser “nenhuma organização política, apenas pessoas comuns que não vão mais aceitar isso [Mubarak no poder]”, escreveu: “cada cidade no mundo terá sua Praça Tahrir [sede das manifestações no Cairo]!”.
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“Vamos acampar o tempo que for necessário, em solidariedade ao povo egípcio da Praça Tahrir. Como eles, nós estaremos preparados para ficar até Mubarak sair. Vá para a cidade mais próxima com uma 'nova Tahrir' ou comece sua uma nova em sua cidade”, especifica o texto.
Reprodução
Facebook, Twitter e o blog são os meios utulizados pelo grupo para convocar a onda mundial de protestos
No blog, há uma lista de países onde há protestos agendados. Tunísia, Espanha, Alemanha, França, África do Sul, Polônia, Estados Unidos, Inglaterra são alguns deles. No Brasil, havará um ato em São Paulo, em frente ao Shopping 25 de Março (Rua 25 de Março), zona central da cidade, a partir das 16h30. A concentração seguirá pelas principais ruas da região.
Além da manifestação, a Frente em Defesa do Povo Palestino, que está ajudando a organizar o ato em São Paulo, entregará uma carta ao Escritório Regional do Egito, apresentando sua posição.
A Frente é composta por mais de 50 instituições entre centrais sindicais, movimentos sociais e entidades árabes-brasileiras e islâmicas.
Desde o dia 25 de janeiro, centenas de milhares de manifestantes iniciaram uma série de protestos contra a permanência do ditador no poder. Mubarak governa o Egito há mais de 30 anos. Ontem, ele afirmou que gostaria de deixar o poder imediatamente, mas não o fará porque acredita que isso “mergulharia o país no caos”.
Mubarak afirmou também que se sentiu aliviado quando anunciou que não concorreria a um novo mandato e que jamais fugiria do Egito. Ele está abrigado no palácio presidencial, fortemente protegido por guardas e bloqueios.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que a onda de protestos no país provocou a morte de mais de 300 pessoas e deixou 3 mil feridos.
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