A repressão cometida na noite desta quinta-feira (12/11) pela polícia peruana contra os manifestantes que expressaram sua rejeição ao novo presidente, Manuel Merino, deixou vários feridos e detidos. Há relatos, também, de pessoas desaparecidas.
Nas redes sociais, surgiram diversos relatos de uma repressão “brutal”, com publicaram vídeos mostrando gás lacrimogêneo sendo disparado de um helicóptero, além de balas de borracha.
O Instituto de Imprensa e Sociedade informou que os jornalistas Alonso Balbuena e Ernesto Benavides ficaram feridos enquanto cobriam as manifestações. “A polícia atira em jornalistas e manifestantes diretamente”, disse o IPYS em um tweet.
Também circula um vídeo em que um policial infiltrado como civil pode ser visto usando sua arma de fogo. Em outro vídeo, um oficial grita com outro policial armado que dispara sua arma diretamente contra os manifestantes: “Mate-o!”, “Mate-o!”
Reprodução/Wayka
Manifestação em Lima foi reprimida pela polícia
A Defensoria Pública do Peru publicou um tweet exigindo que as forças de segurança “cessem imediatamente o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os cidadãos que exercem seu direito de manifestação. Os excessos podem constituir crimes graves”, disse o órgão.
Manifestações
Na noite passada, milhares de peruanos realizaram marchas em várias partes do país sul-americano para expressar sua rejeição ao governo Merino, que assumiu a presidência depois que o Congresso removeu Martín Vizcarra na última segunda-feira (09/11).
A praça San Martín, no centro histórico da capital, Lima, reuniu milhares de manifestantes com bandeiras peruanas e cartazes que diziam “Merino não é meu presidente”. O protesto foi reprimido pela polícia.
Outras cidades importantes, como Arequipa, Trujillo, Cusco, Chiclayo, Abancay, Chimbote, Ayacucho e Iquitos, também registraram mobilizações.
(*) Com teleSUR