A jornalista peruana Vicky Peláez, que foi expulsa dos Estados Unidos por espionar para a Rússia, pensa em se mudar com sua família para o Brasil assim que puder deixar o território russo, disse nesta segunda-feira (12/7) à Agência espanhola de notícias Efe seu advogado, Carlos Moreno.
“Antes de ir (embora dos EUA), (Vicky) comentou que tinha planos de se estabelecer no Peru ou no Brasil, mas parece que está mais inclinada a fazê-lo no Brasil”, disse Moreno à Efe, que a representou junto com John Rodríguez no processo seguinte a sua detenção, em 27 de junho, na cidade de Yonkers, próxima a Nova York.
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Segundo Moreno, Vicky Peláez quer continuar junto com sua família. Ela é mãe de dois filhos e casada com Mikhail Vasenkov, conhecido nos EUA como 'Juan Lázaro'.
Peláez e seu marido fazem parte do grupo de dez pessoas que a justiça norte-americana acusou de pertencer a uma rede de espionagem russa.
Na sexta-feira passada (9/7), os dez foram expulsos dos EUA e enviados para a Rússia depois que Washington e Moscou negociaram sua troca em Viena por quatro cidadãos russos condenados na antiga União Soviética por trabalhar para os serviços secretos americanos e britânicos.
As autoridades russas concederam à jornalista peruana uma pensão mensal de 2 mil dólares, casa e vistos para seus filhos.
Segundo o advogado da jornalista, Peláez e sua família hesitam sobre morar no Peru “devido à cobertura midiática que houve lá e às declarações do presidente peruano, Alan García”.
No último dia 2, García disse que o marido de Peláez se apresentava há anos como “uma espécie de embaixador da subversão interna do Peru” e que tinha documentação de três países, o que “confirma que era um espião de altas condições”
Sobre o processo judicial, o advogado da jornalista peruana afirma que “a Promotoria não mostrou provas”.”É um caso no qual houve uma intromissão do poder Executivo no Judiciário. As negociações foram feitas entre dois Governos, e não entre a Promotoria e a defesa”, alega Moreno.
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