Uma nova aliança política de grupos minoritários e de esquerda foi fundada hoje (21) no Paraguai com o apoio do presidente, Fernando Lugo. A chamada “Frente Guazú” (Frente Ampla, em guarani) é uma organização integrada por grupos que formam a Aliança Patriótica para a Mudança (APC), grupo que levou o atual presidente ao poder em 2008.
“Aqui estamos aqueles que apostamos em uma democracia autêntica. Não só representativa, mas também participativa”, disse Lugo em discurso.
O ato em frente à sede do Parlamento em Assunção, reuniu 15 mil pessoas de acordo com a polícia e 30 mil segundo os organizadores do evento.
Os manifestantes, além de participar da inauguração da Frente Guazú, aproveitaram para protestar contra o Congresso e o Poder Judicial e mostrar apoio incondicional a Lugo para combater um possível impeachment liderado pela oposição.
Andrés Cristaldo/Efe
Cerca de 15 mil pessoas se reuniram em frente ao Parlamento de Assunção para apoiar o atual presidente, Fernando Lugo
Mobilização indigena
De acordo com o jornal local Ultima Hora, o sindicalista Andrés Cabañas disse que “é hora de varrer o Parlamento e o Judiciário, porque ambos não fazem nada a não ser tirar sarro do povo”.
A representante indígena Bernarda Pesoa, apoiou Cabañas, insistiu a necessidade de “fazer uma limpeza” pelo Congresso e convocou 100 mil indígenas para ir as ruas defender Lugo.
O presidente, por sua vez, disse que não teme aqueles que vão contra mudanças e que ele, junto aos cidadãos paraguaios, está disposto a “morrer em vez de desistir”.
Principal orador do evento, Lugo destacou que sem o apoio popular seu governo não se consolidará democraticamente e insistiu que o que o país precisa é de mudanças efetivas.
“Digam o que disserem os que não querem a mudança, não vamos renunciar perante as mentiras e os enganos”, assegurou.
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