O primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, anunciou nesta quarta-feira (25/01) que a pergunta que será feita aos escoceses no plebiscito previsto para 2014 será: “Você quer que a Escócia seja um país independente?”.
A declaração foi concedida por Salmond no Parlamento de Edimburgo enquanto tratava do plano para convocar um plebiscito sobre a independência da Escócia, que há 300 anos, desde Ata de União de 1707, integra o Reino Unido. O líder do SNP (Partido Nacionalista Escocês na sigla em inglês) classificou o pleito como a “decisão mais importante para a população da Escócia” desde então.
Ao divulgar seu projeto, o nacionalista disse que seu objetivo é dar aos escoceses a possibilidade de comparecer às urnas para tomar uma decisão “direta” e “clara”. Ele defendeu que devem ter direito ao voto as pessoas que moram na Escócia e que tenham pelo menos 16 anos de idade.
Ele pretende ampliar o direito de participar do plebiscito aos escoceses “de 16 e 17 anos”. A justificativa do político é de que, se nessa idade é permitido casar-se, inscrever-se no Exército e pagar impostos, também é possível “ter voz sobre o futuro constitucional” da Escócia.
O discurso ocorreu, de forma simbólica, no dia do aniversário de nascimento de Robert Burns, o poeta nacional da Escócia (1759-1796).
O líder nacionalista quer que a consulta ocorra no outono de 2014 porque, assim, terá mais tempo para obter apoio. Na data também se celebrarão os 700 anos da batalha de Bannockburn, confronto que teve vitória escocesa sobre a Inglaterra nas guerras de independência.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, quer, contudo, que pergunta seja feita em 2013. Ele argumenta que, assim, a incerteza do povo escocês teria fim e não prejudicaria a economia da nação.
Salmond defende que medidas implantadas com a autonomia farão de uma Escócia independente o modelo de sociedade justa e tolerante. Ele também acredita que isso tornará mais positivas as relações bilaterais com a Inglaterra.
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