A polícia de Bruxelas reprimiu com canhões de água e gás lacrimogêneo manifestantes que foram às ruas da capital da Bélgica nesta terça-feira (24/05) protestar contra as novas medidas de austeridade fiscal do país implementadas pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Os sindicatos organizadores da marcha sustentam que as políticas do premiê não foram discutidas com a população e prejudicam as bases do Estado de bem-estar social belga. Segundo eles, a manifestação reuniu cerca de 60 mil pessoas, entre elas o ex-primeiro-ministro socialista da Bélgica Elio de Rupo.
Agência Efe
Manifestação contra medidas de austeridade reuniu por volta de 60 mil pessoas, segundo organizadores
As novas medidas de austeridades incluem cortes no orçamento de serviços públicos e educação que, de acordo com os trabalhadores, diminuem a oferta de empregos.
Os manifestantes também criticaram a reforma proposta pelo ministro do Emprego, Kris Peeters, que flexibilizou as horas de trabalho anuais e cortou as horas extras, permitindo que as empresas exijam uma semana de trabalho de até 45 horas — até então o máximo era de 38 horas.
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“Eu estou aqui para protestar contra as medidas que este governo de direita está tomando. Eles estão atacando os trabalhadores, pensionistas e desempregados”, disse ao jornal alemão Deutsche Welle o sindicalista Michel Beis.
Os sindicatos ainda argumentam que as medidas antiausteridade dos últimos dois anos do governo custaram às famílias de classe média por volta de €1.200 (aproximadamente R$ 4.800) por ano e suas promessas de combate ao desemprego não foram cumpridas.
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— RT (@RT_com) 24 de maio de 2016
Segundo as autoridades, a marcha desta terça estava tranquila até um grupo de manifestantes começar a vandalizar placas e a atirar objetos e pedras em direção à polícia. Até o momento, pelo menos dez pessoas foram presas e dois policiais ficaram feridos.