A polícia retirou à força na noite desta quinta-feira (23/06) professores da província argentina de Santa Cruz, em greve há dois meses, que haviam montado um acampamento em uma avenida de Buenos Aires. Eles protestavam contra os baixos salários.
O acampamento foi montado na tarde de ontem em frente à sede do Ministério do Trabalho, após uma reunião com funcionários de segundo escalão da pasta liderada por Carlos Tomada, segundo explicou à Agência Efe o secretário de Finanças da Associação de Docentes de Santa Cruz (Adosac), Ezequiel Alós.
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Os professores solicitaram a intervenção do Ministério, que através de um comunicado assinalou que “não possui competências para intervir”, porque “o conflito continua tendo jurisdição provincial”.
Os cerca de 50 professores de Santa Cruz, filiados a algumas organizações políticas, como o Partido Operário, tinham anunciado que manteriam o protesto pelo menos até sábado, mas agentes da Polícia Federal pediram a eles que levantassem o acampamento, que cortava várias faixas de uma importante avenida.
Diante da recusa dos sindicalistas, a força de segurança reprimiu o preotesto com violência, utilizando canhões de água, segundo divulgou a televisão local. Várias pessoas ficaram feridas.
Há poucos dias, o Governo da província de Santa Cruz decretou um aumento salarial de 25% que foi rejeitado pela Adosac, que exige reajuste de 50%. Após este anúncio oficial, alguns professores voltaram a dar aulas em algumas escolas do distrito sulista, mas a maioria mantém as atividades paralisadas.
Após dois meses de protestos em que houve o bloqueio temporário de vias de acesso a instalações petrolíferas de Santa Cruz, uma das mais importantes províncias produtoras de hidrocarbonetos do país, o conflito se agravou há duas semanas, quando docentes incendiaram a sede do Conselho Provincial de Educação.
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