O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, afirmou que seu gabinete investigará se é possível processar 105 padres católicos por abuso sexual de milhares de menores entre 1945 e 1981. Segundo um recente relatório do ex-ministro da Educação Wim Deetman, entre 10 mil e 20 mil jovens sofreram abusos sexuais em centros de ensino católica no período mencionado.
De acordo com Rutte, o governo examinará quais são as possibilidades jurídicas de reabrirem os processos, tendo em conta a legislação europeia. O premiê disse à televisão local que o processo poderia demorar porque, sob a lei holandesa, essas causas prescreveram, mas espera que os sacerdotes compareçam diante dos tribunais.
Segundo o relatírio, essas práticas incluíam desde toques até penetrações e, até o momento, foram identificado cerca de 800 sacerdotes, 105 dos quais ainda vivos.
Deetman assegurou que o tema estava na agenda das reuniões episcopais desde a década de 1940, mas a Igreja católica fracassou em enfrentar o problema por medo de escândalos.
No último dia 16, a Conferência Episcopal da Holanda pediu perdão pelos abusos sexuais cometidos pelos sacerdotes e admitiu que deve castigar os autores e também as autoridades religiosas que não reagiram adequadamente.
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