O presidente alemão, Christian Wulff, afirmou nesta quarta-feira (04/01) que permanecerá no cargo mesmo em meio à polêmica do empréstimo que contraiu de amigos. Ele classificou, contudo, como um “grave erro” o pedido que fez ao jornal “Bild” para que o caso não se tornasse público.
Wulff reiterou, em entrevista às emissoras públicas ARD e ZDF, não ter cometido nenhuma irregularidade e acrescentou que sua ligação ao jornal tinha como única intenção “atrasar” a publicação dessas informações para proteger sua família.
Efe
Há semanas ele é acusado de ter cometido irregularidades enquanto era chefe de governo da Baixa Saxônia. O presidente teria contraído empréstimos de amigos e passado as férias ao lado de empresários da Itália e da Espanha.
Wulff disse ter procurado Kai Dieckman, diretor do Bild, logo no dia seguinte à publicação para desculpar-se pela ligação. Ele avaliou a tentativa de intervenção no conteúdo da publicação como “um grave erro”, “indigno de um presidente” e pediu a compreensão dos alemães perante sua atitude “humana”.
Na Alemanha, o cargo de presidente é representativo, mas possui certa autoridade moral. A imprensa alemã especula que a única razão pela qual Wulff não renunciou é porque Merkel não poderia admitir a perda de mais um presidente ao longo de sua gestão. Horst Köhler, antecessor de Wulff, deixou seu cargo em 2010 por ter vinculado a missão de seu país no Afeganistão com interesses econômicos.
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