O presidente da França, Nicolas Sarkozy, oficializou nesta quarta-feira (15/02) a candidatura para a reeleição, com um discurso bastante amparado na necessidade de reformas frente à crise econômica que assola a Europa. Os principais oponentes do atual presidente são o socialista François Hollande e a direitista Marine le Pen.
Reprodução/TF1
“Esta é uma decisão carregada de significado. Se eu decidi ficar, é porque eu tenho coisas para dizer aos franceses, tenho propostas de mudanças. Eu sou presidente e candidato para esta campanha para ser útil aos franceses”, disse Sarkozy durante a transmissão televisiva.
“Há um novo período pela frente. Nosso país tem tudo para se manter”, disse, enaltecendo sua administração. Sarkozy reforçou a necessidade de aplicar reformas na política francesa e destacou a reforma dos sistemas universitário e de pensões, medidas que considera como vitórias de sua gestão e que “estão começando a dar frutos” agora.
O candidato à reeleição convocou eleitores de direita e esquerda para sua campanha sob o argumento de que irá “oferecer ideias fortes” e não se limitar a “falar mal dos outros”.
Em resposta às críticas de seu principal oponente, Hollande, foi questionado se o socialista “colocou ideias na mesa” e se é razoável prometer“ a regulamentação de tudo no mundo”. Para Sarkozy, sua campanha será um “acerto de contas”, onde deseja revelar ao povo francês “a força, o dinamismo de que é capaz”.
Derrotado na maioria das pesquisas eleitorais por Hollande, o presidente francês seguiu a orientação de assessores e adiou ao máximo o anúncio de sua candidatura para transmitir à opinião pública a imagem de um líder atarefado com a crise econômica que aflige o continente europeu.
A enquete mais recente, publicado hoje pela consultoria Harris Interactive, aponta para a vitória de Hollande sobre Sarkozy com uma vantagem de quatro pontos percentuais. Num hipotético segundo turno, essa diferença aumentaria ainda mais, deixando o candidato da UMP (União por um Movimento Popular, na sigla em francês) 14 pontos percentuais atrás do socialista.
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