O presidente da GM (General Motors), Rick Wagoner, anunciou hoje (30) oficialmente sua renúncia, que havia sido pedida na sexta-feira, durante reunião com o governo e antecipada pela imprensa americana.
“Na sexta-feira (27) estive em Washington para uma reunião com funcionários da administração. Durante o encontro, eles me pediram que renunciasse ao cargo de presidente-executivo e foi o que fiz”, explicou Wagoner em nota divulgada pela GM.
Wagoner se tornou assim a primeira baixa do plano de reestruturação para tentar salvar o setor automotivo, que o presidente americano, Barack Obama anunciará hoje na Casa Branca, às 11h (horário de Brasília).
Sucessão
Wagoner afirma que seu sucessor imediato, Fritz Henderson, “é uma excelente escolha para ser o próximo presidente-executivo da GM. Tendo trabalhado diretamente com Fritz por muitos anos, sei que é a pessoa ideal”. O jornal Financial Times, porém, afirma que o próximo presidente da companhia deverá ser escolhido pelo governo.
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Em seu comunicado, Wagoner informa também da nomeação interino de um novo presidente, não executivo, da junta de administração, Kent Cresa, procedente do Northman Grumman Group.
A GM mantém suas fábricas em funcionamento graças, exclusivamente, aos US$ 13,4 bilhões emprestados por Washington desde dezembro, e afirma que ainda pode precisar de mais até US$ 16 bilhões nos próximos anos.
Wagoner presidia a GM desde 2000 e, sob seu mandato, a empresa perdeu a liderança mundial do setor automotivo, conquistada pela japonesa Toyota, além de acumular US$ 82 bilhões de perdas só nos últimos três anos.
Ele também foi o responsável pelo cancelamento, em 2000, do EV1, o primeiro veículo elétrico desenvolvido para ser vendido ao grande público – decisão que depois admitiu ter sido a pior decisão de seu mandato.
Pedido negado
A equipe de trabalho do Governo dos Estados Unidos para a indústria automotiva, liderada por Steve Rattner, rejeitou os planos de reestruturação apresentados pela General Motors (GM) e pela Chrysler, conforme noticiou o The New York Times.
Segundo a edição digital do jornal, a Casa Branca solicitou que a Chrysler se associe com o fabricante italiano Fiat em um prazo de 30 dias, como condição para voltar a receber ajuda governamental.
Membros do Executivo americano, que pediram para não serem identificados, disseram que, para as duas companhias, aceitar algum tipo de quebra para reduzir dívidas “poderia ser uma opção”.
Estas fontes também afirmaram que integrantes do Governo dos EUA tinham considerado que “nenhum” dos planos apresentados pela GM e pela Chrysler tem viabilidade e, portanto, não garantem os “substanciais” investimentos adicionais que solicitaram.
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