O presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, classificou como “importante” a visita que realiza ao Chile. Segundo ele, o objetivo da viagem é começar “com o pé direito” as relações entre ambas as nações.
Humala, que venceu a candidata Keiko Fujimori no segundo turno das eleições peruanas, realizadas no dia 5 de junho, afirmou que Lima e Santiago devem manter uma “agenda positiva de integração”. O presidente e sua esposa, Nadine Heredia, foram recebidos pelo embaixador do Peru no Chile, Carlos Pareja, e um grupo de simpatizantes.
Depois de aterrissar no país, vindo da Argentina, Humala declarou que “a vontade de vir aqui fortalecer os laços com o povo irmão do Chile foi mais forte que as cinzas”, em referência aos voos cancelados no Cone Sul pela erupção do vulcão Puyehue.
Leia mais:
Os dilemas de Ollanta
Peru: mais respeito aos fatos e à democracia
Após eleição, Humala inicia giro pela América do Sul
Empresariado peruano pressiona Humala para evitar mudanças radicais
Lula parabeniza Humala e afirma que temor de investidores será dissipado
Eleição peruana pode mudar a geopolítica nas Américas e preocupa Washington
Humala permanecerá no Chile por cerca de 30 horas, durante as quais se reunirá e almoçará com o presidente do país, Sebastián Piñera, no Palácio La Moneda, sede da Presidência.
Santiago e Lima enfrentam um impasse desde 2008, quando Lima apresentou uma demanda contra Santiago no Tribunal Internacional de Haia para a fixação de limites marítimos.
Os limites marítimos estão definidos pela Declaração de Santiago e pelo Convênio sobre Zona Especial Fronteiriça Marítima. Para as autoridades peruanas, eles referem-se, no entanto, apenas à soberania marítima para a atividade pesqueira e não são suficientes para estabelecer a demarcação da fronteira entre Peru e Chile no mar.
No Chile, o presidente eleito encerra seu giro pela América Latina, que incluiu visitas ao Brasil, Uruguai e Argentina. Em todos os países, ele se reuniu com os respectivos Chefes de Estado.
O peruano ainda tem previsto uma segunda viagem pela região, antes de sua posse, que ocorrerá em 28 de julho. Neste giro, ele deve visitar Bolívia, Colômbia, Venezuela, México e, possivelmente, Estados Unidos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL