Cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas do centro do Rio de Janeiro nesta terça-feira (20/06) no protesto da Grande Marcha dos Povos, promovido por diversas associações da sociedade civil que promovem a Cúpula dos Povos, encontro crítico e alternativo à Rio+20 (Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável).
A concentração do grupo ocorreu no encontro das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, entre as 14h e 15h. Depois, a passeata começou próxima à Igreja da Candelária e percorreu toda a Avenida Rio Branco, terminando na Cinelândia.
João Novaes/Opera Mundi
Um tanque decorado com pães sírios pelo artista alemão Holgen Güssefeld fez parte do protesto
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A maior parte dos manifestantes protestava contra a “economia verde”, conceito que acreditam trazer falsas soluções. Mas, além dos inúmeros grupos ambientalistas, também foram encontradas diversas ações críticas à aprovação do Código Florestal, movimentos de trabalhadores rurais, grupos estudantis, centrais sindicais e partidos políticos progressistas. A marcha também se encontrou com funcionários da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), que estavam em greve e realizavam um apitaço.
Entre os destaques da manifestação, puderam ser vistos vários carros de som e um tanque decorado por pães sírios, obra do alemão Holgen Güssefeld. Foi grande também o número de pessoas e grupos fantasiados realizando coreografias.
Grupos feministas protestavam contra o documento final da ONU, que, por pressão de países islâmicos e do Vaticano, teve o termo “direito reprodutivo” retirado, o que foi considerado um retrocesso.
Já no Riocentro, um grupo de índios tentou entrar na conferência da Rio+20, sem obter sucesso.