O presidente da Rússia, Vladmir Putin, pediu neste domingo (31/08), em entrevista a uma emissora de TV, que sejam iniciadas negociações para definir o que ele chamou de “modelo de Estado” nas áreas separatistas da Ucrânia, a fim de “garantir os direitos legais” de quem mora na região.
“É preciso proceder imediatamente para abrir negociações substanciais, não sobre temas técnicos, mas sobre questões da organização política da sociedade e do modelo de Estado no sudeste da Ucrânia”, afirmou.
Agência Efe
Putin pediu, em entrevista, que se defina um “modelo de Estado” em regiões separatistas da Ucrânia
Moscou defende que a Ucrânia se torne uma federação, com autonomia orçamentária e linguística, além da possibilidade de escolher, diretamente, os governadores. A ideia é rechaçada por Kiev, apesar de o presidente ucraniano aceitar que haja educação bilíngue nas regiões onde se fale russo.
Putin lembrou também que durante a recente cúpula de Minsk acordou com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, colocar fim à atual crise “pela via pacífica e através de negociações”.
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“Se alguém pensa que os rebeldes não vão reagir e só vão esperar as prometidas negociações enquanto há disparos contra as cidades e povos do sudeste da Ucrânia, é que é refém de algum tipo de esperança”, assinalou.
Soldados
A Ucrânia e a Rússia efetuaram neste domingo a primeira troca de soldados que cruzaram a fronteira comum desde a explosão do conflito ucraniano, embora Kiev reafirme que os dez paraquedistas russos libertados entraram em seu território intencionalmente.
“As negociações não foram nada fáceis. Contudo, reinou o bom senso e tudo terminou bem. O principal é que os meninos já estão conosco na Rússia. Quero ressaltar que nós nunca abandonamos os nossos”, disse à imprensa Alexei Ragozin, comandante adjunto das Tropas Aerotransportadas da Rússia.
Esses dez soldados russos foram aprisionados em 25 de agosto após atravessar ilegalmente a fronteira, incidente que confirma, segundo o comando militar ucraniano, a presença de tropas regulares russas em seu território para ajudar os separatistas pró-Rússia.
(*) Com Efe