Cerca de 15 mil estudantes, segundo a polícia chilena, participaram de uma manifestação quarta-feira (01/06) nas ruas de Santiago, para exigir melhorias na Educação do país. As informações são da agência de notícias France Presse.
Entre as principais reivindicações está uma maior facilidade de financiamento dos estudos universitários. Segundo a multiestatal Telesur, 15 manifestantes foram presos.
Além dos estudantes, participaram da marcha a União de Professores e a Associação Nacional dos Empregados Fiscais. As demandas dos manifestantes ganharam apoio até mesmo de reitorias de faculdades importantes, com suas demandas apoiadas pelos reitores da Universidad Santiago de Chile e da Universidad de Chile.
“Nas universidades tradicionais, onde fica o melhor ensino e as pesquisas do país, passamos muitos anos esperando por um tratamento justo, mas não queremos continuar esperando enquanto os sonhos e ideais de gerações de chilenos são frustrados”, expressou o reitor da Universidad de Chile, Víctor Pérez Vera, por meio de um comunicado.
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No centro da cidade, a manifestação transcorreu de forma pacífica.No entanto, próximo ao Ministério da Educação, houve alguns distúrbios, controlados pela polícia com jatos d'água e gás lacrimogêneo.
As demandas da Confech (Confederação de Estudantes do Chile) estão voltadas ao fortalecimento da educação pública, a ampliar o acesso à universidade e a facilitar um maior financiamento por meio de doações e empréstimos, segundo a presidente da Federação de Estudantes da Universidad de Chile, Camila Vallejos.
Os estudantes denunciam a falta de financiamento das universidades públicas, e pouca regulamentação nas universidades privadas onde, segundo eles, o currículo é deficiente e existe uma alta taxa de evasão.
Uma drástica redução dos recursos decretada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e uma ampla privatização do setor educacional são consideradas a causa da baixa qualidade da educação chilena.
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