O Reino Unido apoia a reivindicação brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Foi o que o primeiro-ministro Gordon Brown disse hoje (26), em visita a São Paulo, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.
“O Brasil tem total apoio do governo do Reino Unido para garantir um assento permanente no Conselho de Segurança. O país deve estar no centro das discussões”, afirmou o premiê em discurso numa universidade da capital paulista.
A uma semana da reunião de cúpula do G20, que reúne os países ricos e principais emergentes, Brown avaliou que os países emergentes devem ter intensa participação na solução dos impactos da crise mundial.
“A época em que uns poucos se juntavam para decidir a agenda global acabou”, disse o premiê. “É preciso criar novos modelos para o sistema financeiro. Instituições como o FMI e o Banco Mundial devem ser reformadas e recursos, injetados onde são mais necessários”.
Brown disse que a cúpula do G20, em Londres, poderá avançar na criação de novas diretrizes. “Vejo uma importante participação do Brasil. A hora do Brasil chegou. É hora de o país se juntar à mesa de negociações”.
Mandelson: era do G8 “acabou”
O ministro britânico de Negócios, Peter Mandelson, também enalteceu o papel das economias emergentes. “A era do G8 acabou. O que virá em seguida inevitavelmente passará pelo norte, pelo sul, por ricos, pobres, pelo Mercosul, pela União Europeia. O Brasil e outros emergentes são vistos como lideranças tanto pelo mundo desenvolvido como por outros países alguns degraus abaixo”, declarou, em discurso anterior ao de Brown.
Mandelson ponderou, no entanto, que o encontro do G20 não deve ser encarado como a salvação para os problemas econômicos. “O trabalho que será feito lá é vital. No entanto, tudo que for estabelecido só poderá ser sentido após um certo tempo, daqui a um ano talvez. Temos que entender que não lidaremos com um evento, mas com um processo”.
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