O governo britânico vai aproveitar a próxima visita do presidente norte-americano, Barack Obama, ao Reino Unido para pressioná-lo pela libertação dos últimos presos do país que se encontram detidos na prisão de Guantánamo, em Cuba.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, deve se encontrar com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, para tratar sobre o caso de Shaker Aamer, que está preso há nove anos sem ter nenhuma acusação específica.
Aamer, cidadão saudita que viveu no Reino Unido com sua esposa britânica, afirma que trabalhava para uma organização de assistência social no Afeganistão em 2001, quando foi capturado por militares da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e entregue às tropas norte-americanas.
Oficialmente, Washington suspeita que ele tenha vínculos com o grupo Al Qaeda e com Osama Bin Laden.
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O preso foi informado, ainda em 2007, que estava habilitado para sair de Guantánamo, mas a libertação nunca foi efetivada e ele continua detido. Ativistas de diretos humanos temem por sua saúde mental.
Novos documentos divulgados pelo site Wikileaks, publicados na segunda-feira por jornais de todo o mundo, revelam que o presídio abrigou, entre 2002 e 2009, cerca de 150 inocentes, de um total de 779 detentos.
De acordo com o jornal britânico The Daily Telegraph, os inocentes eram afegãos ou paquistaneses que foram presos a partir de informações coletadas em zonas de guerra e, frequentemente, confundidos com outras pessoas.
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