A residência do embaixador da França em Abidjan foi atacada nesta sexta-feira (08/04) com artilharia pesada por militares leais ao ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, informou a Embaixada francesa em comunicado.
“Em 8 de abril, às 13h (horário de Brasília), a residência foi atacada por dois morteiros e um foguete das posições das forças ainda leais a Gbagbo”, diz a nota.
Momentos depois deste ataque – o segundo em apenas oito horas, segundo o comunicado -, um helicóptero da operação francesa Licorne atacou as posições dos partidários de Gbagbo, situados dentro do perímetro da residência presidencial, no bairro de Cocody.
Leia mais:
Nas últimas 24 horas, mais de 100 corpos foram localizados na Costa do Marfim
Presidente eleito Ouattara anuncia bloqueio da residência de Gbagbo
França culpa Gbagbo por fracasso nas negociações na Costa do Marfim
TPI pretende investigar assassinatos na Costa do Marfim
Conselheiro de Gbagbo acusa França e ONU de atacarem residência do líder
Forças de Ouattara invadem palácio presidencial na Costa do Marfim à procura de Gbagbo
Gbagbo nega-se a reconhecer Ouattara como presidente
ONU anuncia que forças leais a presidente marfinense se renderam
A embaixada da França precisou que, “de acordo com a resolução 1975 do Conselho de Segurança da ONU”, a Onuci (Missão das Nações Unidas na Costa do Marfim) e a Licorne “têm direito a aplicar seu mandato de prevenção do uso de armamento pesado”.
Não é o primeiro fato deste tipo que acontece em Abidjan nos últimos dias depois que na quarta-feira passada a residência do embaixador do Japão na capital econômica da Costa do Marfim sofreu um ataque similar.
A crise marfinense começou depois do segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de novembro, quando Gbagbo, então presidente da Costa do Marfim desde 2000, se negou a admitir sua derrota para Alassane Ouattara e a ceder-lhe o poder, apesar da forte pressão internacional para que deixe a Presidência.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, assegurou na quinta-feira (07/04) que a queda de Gbagbo é “irremediável” e ocorrerá “nas próximas horas ou nos próximos dias”.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL