O segundo Juizado da Família na Guatemala aprovou nesta sexta-feira (08/04) o divórcio entre o presidente do país, Alvaro Colom, e a primeira-dama Sandra Torres. Com a separação garantida, Sandra ganha o direito de disputar a sucessão de seu marido nas próximas eleições presidenciais, marcadas para setembro.
O casal nunca escondeu publicamente que esse era o objetivo da medida. A informação foi anunciada pela titular do Segundo Juizado, Mildred Roca e divulgadas pela agência de notícias France Presse e a rede Telesur.
Telesur
O casal Alvaro Colom e Sandra Torres
A Constituição do país proíbe a reeleição do presidente assim como a candidatura em seguida de parentes próximos, incluindo a cônjuge.
Em 1989, a esposa do presidente Vinicio Cereza teve a candidatura à presidência impedida pela Corte Constitucional em razão desse dispositivo.
Colom e Sandra entraram com o pedido de divórcio por consenso mútuo, no dia 11 de março, três dias após ela anunciar que iria disputar o cargo.
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“Nosso amor está mais forte do que nunca, mas nosso amor pela Guatemala e nosso compromisso em favor dos mais necessitados é maior”, explicou Sandra Torres em uma declaração por escrito. Essa decisão “implica em um sacrifício familiar”, acrescentou. “Vai ser um divórcio real, uma separação física”.
Torres e Colom fundaram a União Nacional pela Esperança (UNE), partido social-democrata vitorioso nas eleições de 2007. O principal candidato de oposição, de direita, Otto Perez Molina, que já foi derrotado por Colom na eleição passada, chamou a manobra de “fraude”.
Houve 15 tentativas de legais de impedir o processo. A polêmica também chegou às redes sociais e, segundo a Prensa Libre, 98% de 22 mil pessoas entrevistadas por telefone são contra a separação por motivos políticos.
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