Os membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) se reunirão nesta quinta-feira (04/07) em Cochabamba, na Bolívia, para discutir o fechamento do espaço áereo de quatro países europeus ao avião do presidente boliviano, Evo Morales. França, Portugal, Itália e Espanha proibiram que a aeronave presidencial pousasse em seus territórios devido à suspeita de que Evo viajasse junto com o ex-agente da CIA Edward Snowden, responsável pelo vazamento dos programas de espionagem dos EUA.
O encontro de amanhã foi convocado pelo Equador já na noite de terça-feira (02/07), data do episódio envolvendo o líder boliviano. Os representantes do Brasil serão o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o chanceler interino, Eduardo dos Santos.
Expulsão de embaixadores
Deputados do partido governista da Bolívia pediram nesta quarta-feira (03/07) à chancelaria local que declare persona non grata os embaixadores de Espanha, Itália e França, além do cônsul de Portugal, porque seus países fecharam seu espaço aéreo ao avião presidencial.
“Quando é solicitado à Chancelaria que declare persona non grata, isso significa, segundo trâmites administrativos, a expulsão”, afirmou à Agência Efe Galo Bonifaz, um dos integrantes do MAS (Movimento ao Socialismo).
Morales viajou à Rússia para participar de uma reunião de países produtores de gás, mas, em seu retorno, teve que permanecer por 13 horas no aeroporto de Viena depois que quatro países europeus lhe impediram de aterrissar ou sobrevoar seus territórios.
O governo boliviano chamou o ocorrido de sequestro e relaciona a decisão dos europeus a “suspeitas infundadas” de que o avião presidencial transportava Edward Snowden, cuja extradição é requerida pelos Estados Unidos.
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