O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje (10/6) que as sanções impostas ao Irã podem criar “uma janela de oportunidades” para o Brasil no âmbito das exportações.
Após participar do programa Bom Dia, Ministro, ele lembrou que as sanções definidas pelo Conselho de Segurança das Nações tratam, basicamente, da área de armamento. “Nós não exportamos armas para o Irã nem tínhamos a pretensão de exportar”, disse.
Para Miguel Jorge, as sanções devem provocar a retração de diversos países em relação ao Irã, evitando também o comércio que vai além do de armamento. “Evidentemente que a pressão não se dará só no comércio de armas. Ela vai ser indireta a países que vendem outros produtos ao Irã”, explicou.
Leia também:
Conselho de Segurança aprova novas sanções sobre Irã; Brasil vota contra
Ahmadinejad afirma que acordo nuclear foi oportunidade que não se repetirá
Conferência do TNP termina com acordo para acelerar desarmamento
Protocolo adicional do TNP divide opinião de políticos brasileiros
O ministro destacou que, nos cinco primeiros meses deste ano, o Irã tornou-se o segundo maior comprador de carne brasileira e que as exportações de alimentos brasileiros para o país podem apresentar melhora diante da retração indireta de outros países.
“Deve haver uma retração natural da maioria dos exportadores que estabeleceram sanções. Isso poderá dar oportunidade para o Brasil”, afirmou Miguel Jorge. “Não é possível que alguém possa criar qualquer obstáculo para que um país venda alimentos a outro país”, completou.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na manhã de ontem (9/6) um novo pacote de sanções contra o Irã. Dos 15 países que compõem o órgão, 12 votaram favoravelmente. Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários e o Líbano se absteve.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL