O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse nesta quarta-feira (11/05) se sentir “aliviado” após a operação militar norte-americana que metou no Paquistão o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. “Sinto-me aliviado por ter sido feita justiça com este inspirador do terrorismo”, disse Ban em entrevista coletiva em Genebra.
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“Vocês devem entender que toda a operação foi realizada em condições muito difíceis e complicadas”, assinalou o secretário-geral, em resposta a uma pergunta sobre as críticas direcionadas à operação por não ter capturado o terrorista com vida, para que fosse julgado.
Ontem, a emissora de TV americana CNN disse que as polêmicas fotos da morte de Bin Laden devem ser mostradas aos senadores norte-americanos. Os congressistas terão acesso às imagens no quartel-general da CIA no Estado da Virgínia, numa data ainda a ser decidida, disse uma alta autoridade do governo sob condição de anonimato.
A senadora democrata Dianne Feinstein confirmou que os comitês de Inteligência e dos Serviços das Forças Armadas do Senado terão acesso às polêmicas fotos.
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Síria e Egito
Ban também se referiu à situação na Síria, onde o regime de Bachar al Assad tem reprimido violentamente o movimento de protestos iniciado em março e voltou a pedir às autoridades que autorizem a entrada de uma equipa humanitária da ONU na cidade de Deera (sul), epicentro dos protestos.
Além disso, o secretário-geral condenou os confrontos registrada no Cairo entre muçulmanos e cristãos coptas, que mataram 12 pessoas, e pediu ao povo egípcio “unidade”.
Filho de Bin Laden
Os filhos de Bin Laden disseram nesta terça-feira que os Estados Unidos violaram os fundamentos do direito internacional ao terem “executado de forma sumária um homem desarmado” e pediram uma investigação dos fatos.
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Em declaração ao jornal The New York Times, os filhos do líder da rede terrorista Al Qaeda disseram “não estar convencidos da morte de seu pai biológico”, diante da falta de provas disponíveis, como “o corpo, fotografias ou vídeos”, e pedem “provas conclusivas para acreditar nas histórias publicadas” com relação à morte.
“Se foi assassinado na operação, como disse o presidente dos EUA (…), nos perguntamos por que um homem desarmado não foi detido e julgado em um tribunal”. Eles argumentam que se o terrorista “foi executado sumariamente”, não entendem “a conveniência de tal assassinato, no qual o direito internacional foi violado de maneira flagrante”.
“Agora que a operação concluiu, esperamos que o governo do Paquistão libere e entregue todas as crianças da família e que todos os membros sejam repatriados a seu país de origem, especialmente as mulheres, para evitar uma maior opressão”, acrescenta a nota, que pede o apoio internacional nesse sentido.
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