Sequestradores que atacaram um campo de gás no sul da Argélia nesta quarta-feira (16/01) exigiram o fim das operações militares francesas contra islamistas no norte do Mali em troca da segurança de dezenas de reféns, disse a agência de notícias ANI, da Mauritânia.
Efe
Instalação do campo de gás no sul da Argélia atacada por sequestradores da Al Qaeda em represália à ação francesa no Mali
O comunicado, enviado à ANI pelo grupo, também afirma que os militantes mantêm 41 pessoas reféns. Um porta-voz do grupo, que está sob o comando de Mokhtar Belmokhtar, um veterano militante islâmico da região do Saara, anunciou mais cedo que eles estavam por trás da tomada de reféns.
Mais cedo, o grupo anunciou que entre os sequestrados estão sete norte-americanos. Segundo as agências ANI e a Sahara Media, citando militantes, a ação é uma retaliação à permissão dada pela Argélia para que a França use o espaço aéreo do país para bombardear o território do Mali.
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Um combatente contatado por telefone pela AFP afirmou que os agressores são membros da Al Qaeda, provenientes do Mali. “Somos membros da Al Qaeda e viemos do norte do Mali. Pertencemos à brigada Khaled Aboul Abbas, Mokhtar Belmokhtar”, acrescentou, lembrando que Belmokhtar “havia ameaçado responder a qualquer intervenção militar no Mali”. Belmokhtar, chamado de “Caolho”, é um dos chefes históricos da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (Aqmi).
O ministro do Interior da Argélia, Daho Ould Kablia, afirmou que seu governo não vai negociar com o grupo. “Há dois caminhos, uma solução é pacífica, e a outra, violenta”, disse Ould Kabilia à rede de televisão estatal.
* Com informações da Agência Reuters e da France Presse