A Aeronáutica da Tailândia anunciou nesta quarta-feira (19/03) que seus radares detectaram uma aeronave não identificada apenas minutos após o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH 370, de Kuala Lumpur a Pequim, no último dia 8. O porta-voz Monthon Suchookorn afirma que “não é possível confirmar com certeza que o avião era o do voo MH 370, mas os indícios apontam que pode ser”.
Os radares tailandeses mostram que no dia 8 de março, “às 0h28, sete minutos depois do desaparecimento do voo MH370, um avião não identificado voava em direção sudoeste”, no sentido oposto à trajetória prevista para a aeronave da Malaysia Airlines. O horário corresponde à última transmissão do transponder do voo, realizada à 1h21 no horário da Malásia (0h21 na Tailândia), em algum ponto entre a costa leste da Malásia e o sul do Vietnã.
Agência Efe
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“A aeronave seguiu para mais longe, ao sul, até Kuala Lumpur e o estreito de Malaca, antes de seguir para o norte, para o mar de Andamão, ao oeste da península malaia”, completou Suchookorn. Segundo ele, o sinal, que não era nítido, desapareceu nesse momento.
A informação não muda o que as autoridades malaias já sabiam, mas, se tivesse sido anunciada antes, poderia ter adiantado as tentativas de resgate: a Malásia levou uma semana para confirmar que o avião passou pelo estreito de Malaca, o que mudou a estratégia de busca.
Quando questionado sobre o porquê da demora da Tailândia em liberar a informação, Suckookorn respondeu que as autoridades não haviam prestado “nenhuma atenção a isso. A Aeronáutica tailandesa só procura por possíveis ameaças ao nosso país, então quando há qualquer coisa que não pareça uma ameaça, apenas olhamos e não tomamos nenhuma atitude”.
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O porta-voz também afirmou que o avião nunca entrou em espaço aéreo tailandês e que o pedido inicial da Malásia por informações nos primeiros dias após o desaparecimento não foi específico. “Quando eles pediram de novo e havia novas informações e hipóteses do primeiro-ministro [malaio] Najib Razak, nós observamos nossos dados de novo. Não levou muito tempo para que nós entendêssemos os fatos, mas foram precisos especialistas para descobri-los”, declarou.
As buscas pelo avião malaio, que tinha 239 pessoas a bordo, entram no 12º dia sem que ainda tenham sido encontrados vestígios ou destroços da aeronave.
Simulador de voo
Os investigadores da Malásia descobriram hoje que alguns dados do simulador de voo de Zaharie Ahmad Shah, piloto que comandava o voo MH 370, foram apagados. “Alguns dados foram deletados do simulador. Os nossos esforços agora são para recuperar essas informações”, declarou Hussein.
Agência Efe
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Todos os tripulantes e funcionários da companhia que possuíam relação com o voo estão sendo investigado. Apesar disso, Hussein afirma que tanto a tripulação quanto os passageiros devem ser considerados inocentes até que se prove o contrário.
Testemunhas oculares
As autoridades das Maldivas estão investigando depoimentos veiculados por um site de notícias do país de pessoas que afirmam ter visto “um grande avião voando a baixa altitude” no dia em que a aeronave da Malaysia Airlines desapareceu.
Entretanto, o ministro dos Transportes malaio, Hishammuddin Hussein, diz que as declarações estão incorretas. “Eu posso confirmar que o chefe das forças de defesa da Malásia contatou seu correspondente das Maldivas, o qual confirmou que esses depoimentos não são verdadeiros”.
As Maldivas não estão entre os países aos quais a Malásia pediu ajuda para as operações de busca. Atualmente, 26 países estão procurando o avião desaparecido.