A taxa de desemprego em fevereiro no México atingiu 5,43% da população economicamente ativa, de acordo com os resultados da Pesquisa Nacional de Ocupação e Emprego, divulgada hoje (25) pelo Inegi (Instituto Nacional de Estatística e Geografia). O número é superior ao registrado no mesmo período em 2009, que foi de 5,30%. De acordo com dados detalhados, o desemprego cresceu mais entre as mulheres e se concentra principalmente nas zonas urbanas do país.
Os dados do ano passado mostram que antes a taxa atingia 5,01% de pessoas do sexo feminino enquanto hoje o número é de 5,22%. Entre os homens o desemprego subiu 0,8 pontos percentuais no intervalo.
A pesquisa considerou as 32 principais cidades do país e constatou que nas regiões urbanizadas o desemprego subiu para 6,45%, tornando-se superior ao das áreas rurais.
Os dados de subempregos também surpreenderam. Segundo o estudo, em 2009, o número de pessoas que trabalhava informalmente e se encontrava entre o desemprego e empregos temporários, chamados subempregos, era de 8%, enquanto em fevereiro deste ano a taxa foi de 9,6%.
De acordo com o jornal mexicano El Universal, a maioria dos subempregados, compostos por 10,8% de homens e 7,6% de mulheres, disse ter necessidade e disponibilidade para trabalhar mais horas.
Legislação
Paralelamente à divulgação dos dados, a oposição mexicana na Câmara dos Deputados suspendeu ontem a proposta de reforma trabalhista apresentada pelo presidente, Felipe Calderón.
Apresentada na semana passada, a medida tinha como objetivo enrijecer as normas para a realização de greves, a atuação de sindicatos, a terceirização e permissão para contratos por horas de trabalho.
De acordo com dados governamentais, divulgados pelo jornal local El Informador, atualmente há 46 milhões de cidadãos mexicanos aptos ao trabalho, dos quais 14 milhões estão formalmente empregados e, por isso, com acesso aos direitos trabalhistas, como a previdência social. Dos 32 milhões restantes cerca de 2,5 milhões estão desempregados e 29,5 milhões, subempregados.
Segundo a Agência Ansa, os dirigentes do Congresso do Trabalho – órgão que reúne 34 confederações sindicais – Isaías González, e da agremiação de telefonistas e da União Nacional de Trabalhadores, Francisco Hernández Juárez, se pronunciaram após a suspensão da medida. Para eles, a proposta “não continuará em discussão”, porque os deputados a “rejeitaram da primeira até a última letra”.
Entre os parlamentares que repudiaram de imediato a medida estão os membros dos partidos opositores PRI (Partido Revolucionário Institucional), do PRD (Partido da Revolução Democrática), Partido da Convergência e o do Trabalho, enquanto os do PAN (Partido Ação Nacional) apoiaram a criação e o endurecimento dos requisitos.
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