O Tribunal Penal Internacional deve decidir nesta segunda-feira (27/06) sobre a emissão de autorização para prender o líder da Líbia, Muamar Kadafi, um de seus filhos, Saif Al Islam Khadafi, e Abdullah Al Senussi, um de seus principais colaboradores. O pretexto para a possível ordem de prisão são denúncias de crimes de violação de direitos humanos registrados em várias cidades líbias desde fevereiro, quando começaram as manifestações e reações contra o governo local.
A informação foi confirmada pelo promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno-Ocampo, que concederá entrevista coletiva hoje. Em entrevistas anteriores, Moreno-Ocampo disse que há informações seguras de que “forças do regime líbio atacaram pessoas em suas casas e nas vias públicas”.
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No último dia 3, Moreno-Ocampo anunciou a abertura de investigação contra Kadafi e mais sete pessoas ligadas a ele. Além do líder, as investigações incluem três de seus filhos e colaboradores. Segundo o procurador, todos são acusados de crimes contra a humanidade.
Os embates entre as forças leais a Kadafi, rebeldes e manifestantes se acirraram em março, quando as tropas da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) passaram a atuar na Líbia. A decisão foi tomada pela ONU (Organização das Nações Unidas) que fixou uma área de exclusão aérea na região, alegando necessidade de proteção a civis.
Organizações não governamentais informam, porém, que alvos civis tem sido atacados tanto por forças de Kadafi quanto por homens da OTAN. Não há prazo para a OTAN deixar a Líbia e Kadafi informou que lutará até a morte e que não pretende abrir mão do poder. Ele comanda o país há quase 42 anos.
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