Atualizada às 10h34
A ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, afirmou neste domingo (25/05) que um dos seus primeiros passos se vencer as eleições presidenciais que estão sendo realizadas hoje será solicitar a entrada do país na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
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Tymoshenko revelou que tem a intenção de pedir à Rada Suprema (Parlamento ucraniano) que convoque um referendo sobre a entrada da Ucrânia na Aliança Atlântica para 15 de junho. A Rússia se opõe ao ingresso do país vizinho na Otan.
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A política preferiu votar em sua cidade natal, Dnipropetrovsk, e em seguida retornou para a capital Kiev, diferentemente do que fez seu maior rival nas eleições, o magnata Petro Poroshenko.
“Votei por uma Ucrânia livre e democrática defendida com suas vidas pelos heróis do Maidan. Votei por uma Ucrânia europeia que pode chegar a ser um Estado potente e membro de pleno direito da União Europeia”, afirmou.
Esta é a segunda vez que Tymoshenko concorre à Presidência: a primeira foi em 2010 e na ocasião ela foi derrotada no segundo turno por Viktor Yanukovich, que foi deposto do cargo neste ano.
Agência Efe
Ucranianos começaram a votar para escolher novo presidente do país às 8h (2h no horário de Brasília) deste domingo
Tymoshenko apresentou sua candidatura pouco após ser reabilitada pelas novas autoridades de Kiev, depois de ser perdoada de uma pena de sete anos de prisão. A ex-primeira ministra tinha sido condenada por abuso de poder.
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Poroshenko também defende a entrada da Ucrânia na UE, mas prometeu, ao mesmo tempo, normalizar as relações com a Rússia em um prazo de três meses se for eleito presidente.
Hoje, Poroshenko afirmou que espera ganhar já no primeiro turno, sendo o favorito à vitória, segundo as pesquisas. Ele também disse que as eleições nas regiões separatistas do leste, especialmente Donetsk e Lugansk, têm corrido melhor do que o esperado.
“No leste, pelo menos, foram abertas nove circunscrições eleitorais, ou seja, 30% da população tem a possibilidade de votar graças aos esforços das forças de segurança”, declarou. Poroshenko também ressaltou a importância de “encaminhar um diálogo direto com habitantes” dessa parte do país.
Segundo a CEC (Comissão Eleitoral Central), a participação da população ucraniana nas eleições supera as expectativas, com 17,52% dos eleitores tendo comparecido às urnas.
Poroshenko garantiu que sua primeira visita se vencer as eleições será para a bacia carbonífera de Donbass, no leste da Ucrânia, e somente depois viajará para Bruxelas para assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia.
Agência Efe
Petro Poroshenko espera ser eleito ainda no primeiro turno; ele é o favorito, segundo pesquisas de opinião realizadas até agora
“O primeiro que devemos fazer é trazer a paz para todos os cidadãos da Ucrânia. As pessoas armadas devem abandonar as ruas de povoados e cidades. Há tentativas de transformar Donbass na Somália, mas atuaremos com diligência e eficácia”, disse.
Com relação à Rússia, o magnata reconheceu que preferiria “ter outros vizinhos, como a Suíça ou o Canadá”, mas que “falar de estabilidade sem dialogar com a Rússia é impossível”.
Mais de 33 milhões de ucranianos foram convocados a votar hoje para escolher o próximo presidente do país. Caso nenhum candidato alcance pelo menos 50% dos votos, um segundo turno será realizado dentro de três semanas.
(*) Com Agência Efe