O presidente uruguaio, José Mujica, informou nesta quinta-feira (17/5) que entrou em contato com um membro do governo brasileiro para falar sobre a possibilidade de o Brasil participar da monitoração conjunta da região do Rio Uruguai, ao lado da Argentina.
Em declarações à rádio uruguaia El Espectador, no momento em que saia para comer em um bar da capital, Mujica também contou que já tentou falar com a presidente argentina, Cristina Kirchner, sobre o tema, mas não conseguiu.
“Não consegui. Tive um dia corrido. Vocês conseguiram me pegar aqui porque estava morto de fome. Mas, na verdade, não tive tempo”, declarou o mandatário, que se preparava para almoçar quando foi abordado pelos jornalistas.
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Na quarta-feira (16/4), quando comemorou a decisão dos ambientalistas argentinos de desbloquear por 60 dias uma ponte binacional – que está fechada há mais de quatro anos -, Mujica já havia apontado a hipótese de que Brasília atuasse com Buenos Aires e Montevidéu.
A monitoração conjunta da região foi determinada pela Corte Interacional de Justiça, em Haia, que se pronunciou em abril sobre o processo apresentado pela Argentina, que acusou a nação vizinha de permitir a instalação da fábrica de pasta de celulose UPM (ex-Botnia), do lado uruguaio da fronteira, sem consultá-la, como determina um tratado de 1975.
Desde que a companhia passou a operar na região, moradores e ativistas de Gualeguaychú impedem a passagem pela ponte General San Martín, que une a cidade à localidade de Fray Bentos, onde fica a indústria.
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Os manifestantes denunciam que a empresa é poluente, o que foi negado pelos magistrados que analisaram a ação. Desde então, há uma pressão pela saída dos ativistas do local. O fim do protesto está marcado para as 13h locais do próximo sábado (19/6).
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